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Valentina de Botas: Os black blocs têm passe livre no vandalismo diversionista

VALENTINA DE BOTAS Cresci num bairro simples, de casario tristonho. Era frequente faltar energia elétrica e, quando a luz voltava, toda a meninada gritava em festa. Não gritei, mas a sensação foi a mesma quando li que Mauricio Macri liberou todos os documentos oficiais sobre o procurador Alberto Nisman suicidado pela cumplicidade com o Irã […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h42 - Publicado em 16 jan 2016, 18h56

VALENTINA DE BOTAS

Cresci num bairro simples, de casario tristonho. Era frequente faltar energia elétrica e, quando a luz voltava, toda a meninada gritava em festa. Não gritei, mas a sensação foi a mesma quando li que Mauricio Macri liberou todos os documentos oficiais sobre o procurador Alberto Nisman suicidado pela cumplicidade com o Irã a que Cristina Kirchner rebaixara a Argentina.

A luz volta ao país vizinho e meu coração bobo que zabumba esquisito pergunta como quem diz “não tem jeito”: por que não aqui, se até a oposição venezuelana reagiu ao leviatã vagabundo ainda mais raivoso do que o lulopetismo depravado?

No Brasil, enquanto a figura do jeca salta no esplendor da sua inteireza nos depoimentos da Lava Jato sobre o assalto à nação como a pedra de que Michelangelo dizia libertar Davi, Moisés e pietàs ocultos nela, os black blocs têm passe livre no vandalismo diversionista contra o aumento da passagem de ônibus e metrô em São Paulo e são incensados no altar inviolável que certo jornalismo, especialmente a Folha, consagra cotidianamente à estupidez das esquerdas e afins.

A coincidência é método: da confusão que intimida; da anarquia que depreda bens materiais públicos e privados e, sobretudo, bens imateriais caros ao Estado de Direito democrático; do esforço intimidador para que falácias perdurem confundido tudo. Entre outras coisas, democracias e ditaduras se diferenciam pela interlocução entre os contrários disponível naquelas e inviabilizada nestas como meio estabelecido pela libido totalitária.

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A deformação a que o lulopetismo e agregados ideológicos querem levar nossa democracia ainda não eliminou a interlocução que resta disponível aos seduzidos por essa luz civilizatória, principalmente no governo de Geraldo Alckmin cujos defeitos não incluem a intolerância. Mas, o MPL e respectivos mascarados, que só provocam a PM paulista porque a sabem diferente dos camisas pretas que Macri aposenta, anunciaram que não conversarão com o governo paulista eleito pela população da qual o movimento cassa o direito de ir e vir.

Os vândalos depredadores de ônibus e estações do metrô para o bem do povo que desconhece querem passagem grátis, como se a gratuidade não saísse ainda mais cara para o povo cuja ruína material e imaterial está garantida não pelos 30 centavos de aumento, mas pela permanência de Dilma Rousseff como presidente e pelo caldo tóxico em que fermentam movimentos assim. A respeito, indico textos recentes de Reinaldo Azevedo, indo às últimas consequências da lucidez audaciosa.

Quem se deixou levar pelo canto de sereia xarope segundo o qual a VEJA (site e revista) se rendeu ao PT, precisa reconhecer que ela continua fazendo o de sempre: o combate ao primitivismo do momento. Por exemplo, com a mesma lucidez de Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, sempre no conluio delicioso entre humor e charme, nos ajuda a manter a cabeça ligada ao essencial, sem que nos dispersemos por diferenças marginais, ambos lembrando a um coração bobo-bola-de-balão que não se iluda: a luz sempre pode voltar e, meninos outra vez, gritaremos em festa.

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