Universidade de Brasília adota o Evangelho segundo Lula
Quem acha que Dilma foi vítima de um golpe é incapaz de caminhar e chupar um Chicabon ao mesmo tempo

“A História é escrita pelos vencedores”, constatou o pensador e escritor George Orwell. Pode ser assim no mundo inteiro, mas o Brasil não é deste mundo. Nestes trêfegos trópicos, perdedores disfarçados de professores universitários fazem o possível e o inimaginável para transformar em verdades históricas teses que só são engolidas por alunos incapazes de caminhar e chupar um ChicaBon ao mesmo tempo.
Todos se negam a combater o bom combate proposto pelo mesmo Orwell em outra frase famosa: “Ver aquilo que temos diante do nariz requer uma luta constante”. Quem vê as coisas como as coisas são entende que Dilma Rousseff foi despejada do poder com a aplicação do instrumento constitucional do impeachment por ter cometido ilegalidades graves, potencializadas pela extraordinária inépcia do neurônio solitário e avariado.
Simples assim, certo? Errado, corrigem vigaristas decididos a tapear estudantes incautos que proliferam nos sumidouros de verbas públicas. O professor Luis Felipe Miguel, por exemplo, acaba de adicionar ao curso de graduação em Ciência Política da Universidade de Brasília uma disciplina cujo nome diz tudo: O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil.
O ministro da Educação, Mendonça Filho, reagiu com a sensatez endossada por 99 entre 100 brasileiros que pensam: “Lamento que uma instituição respeitada e importante como a Universidade de Brasília faça uso de espaço público para promoção de militância político-partidária”. Descobriu em poucas horas que, nesta fábrica de intelectuais descerebrados, contar o caso é muito perigoso.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República deu-lhe dez dias de prazo para prestar esclarecimentos no processo que apura se o ministro cometeu “abuso de autoridade no exercício do poder ao se manifestar contra o docente da UnB”. Além dos vigilantes federais da ética, a Unicamp e meia dúzia de viveiros de órfãos da União Soviética, todos nostálgicos do Muro de Berlim, juntaram-se a Luis Felipe Miguel no esforço para trucidar os fatos e reescrever a História recente à luz do Evangelho segundo Lula.
Se ainda houvesse reitores no amontoado de embusteiros que infestam o campus, alguma instituição educacional já teria revidado a maluquice com a criação de outra disciplina: “Os professores aloprados, o presente vergonhoso e o futuro sombrio do ensino superior no Brasil.
Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se já é assinante, entre aqui. Assine para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Essa é uma matéria fechada para assinantes e não identificamos permissão de acesso na sua conta. Para tentar entrar com outro usuário, clique aqui ou adquira uma assinatura na oferta abaixo
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique. Assine VEJA.
Impressa + Digital
Plano completo da VEJA! Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.
Digital
Plano ilimitado para você que gosta de acompanhar diariamente os conteúdos exclusivos de VEJA no site, com notícias 24h e ter acesso a edição digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Edições da Veja liberadas no App de maneira imediata.