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Revisitando 2017: Os quatro primeiros meses do Ano do Espanto

Entre o começo de janeiro e o fim de abril, Eike Batista é preso, Léo Pinheiro depõe contra Lula e mais de 100 políticos são denunciados por Rodrigo Janot

Por Augusto Nunes 29 dez 2017, 08h31

No ocaso do Ano do Espanto, a coluna publica a retrospectiva dos fatos mais relevantes do universo político dos últimos 12 meses. Como a quantidade de assombros foi colossal, dividimos em três partes os melhores/piores momentos de 2017. Feliz Ano Novo. E que 2018 nos seja mais leve.

Janeiro

01/01

O Ano do Espanto começou com a posse das duas maiores surpresas da eleição municipal: João Doria (PSDB) assumiu o cargo de prefeito de São Paulo com uma vitória no primeiro turno — fato inédito na maior metrópole do país — e Alexandre Kalil (PHS) passou a governar Belo Horizonte. Ambos venceram com um discurso crítico ao PT, descolado da política convencional e com foco na gestão. A eleição de 2016 foi marcada pelo fiasco do partido de Lula, derrotado em todas as capitais, com exceção de Rio Branco (AC), e na maioria das grandes cidades.

 

02/02

Presídio não tem celas desde uma rebelião de março de 2015, quando detentos arrancaram as grades e trancas.

Na manhã seguinte, os brasileiros foram despertados por uma onda de motins e massacres que se alastrou pelo sistema penitenciário e terminou com mais de 100 presos assassinados. Ficou evidente a ausência do Estado no interior das cadeias. No presídio de Alcaçuz (acima), em Natal (RN), os mortos foram decapitados por membros de facções criminosas rivais.

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19/01

O ministro Teori Zavascki, relator dos processos decorrentes da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, morreu num acidente aéreo em Paraty (RJ), às vésperas da homologação das delações premiadas de 77 executivos da Odebrecht, conhecida por “Delação do Fim do Mundo”.

 

20/01

Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos ao vencer Hillary Clinton com 47,5% dos votos.

 

30/01

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Eike Batista saiu da lista da Forbes que agrupa os mais ricos do mundo para conhecer a vida na cadeia, depois de preso pela Lava Jato ao desembarcar no Rio de Janeiro, vindo de Nova York. Um dos empresários prediletos do PT, ele é acusado de pagar propinas ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (em abril, o regime fechado foi convertido em prisão domiciliar pelo ministro Gilmar Mendes — também conhecido como O libertador — e, em outubro, a pena foi abrandada novamente pela 2° turma do STF, que determinou ao empresário que permaneça em casa apenas à noite e aos fins de semana).

 

Cármen Lúcia durante sessão do STF

A ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, homologou as 77 delações dos executivos da Odebrecht. A decisão confirmou que a morte de Teori Zavascki não levaria o Supremo a retardar o andamento das investigações no Supremo.

 

Fevereiro

01/02

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Depois de o Supremo Tribunal Federal liberar a reeleição do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com o apoio do Planalto, ele foi reconduzido ao comando da Casa.

 

02/02

Por sorteio, o ministro Luiz Edson Fachin substituiu Teori Zavascki no posto de relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

03/02

Michel Temer transformou em ministério a Secretaria da Presidência, comandada por Wellington Moreira Franco, investigado na Lava Jato. A mudança de status premiou com o o direito ao foro privilegiado um dos maiores aliados do chefe de governo, investigado na Operação Lava Jato.

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Marisa Letícia, mulher de Lula, morreu em São Paulo depois de sofrer um acidente vascular-cerebral (AVC).

04/02

No começo de fevereiro, a greve dos policiais militares do Espírito Santo virou manchete em todo o país. A paralisação, proibida pela Constituição, durou 21 dias e gerou uma onda de saques, tiroteios e assassinatos no território capixaba.

 

07/02

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Temer indicou Alexandre de Moraes, então ministro da Justiça, para a vaga de Teori Zavascki no STF. Filiado ao PSDB, Moraes sempre mereceu a confiança do presidente e, a partir de agora, terá cargo vitalício na última e mais importante instância do Poder Judiciário.

 

Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo condenado pelo assassinato da namorada, Eliza Samudio, deixou a cadeia a bordo de uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello. O goleiro foi contratado pelo Boa Esporte, time de futebol de Minas Gerais.

 

Março

06/03

Com base nas delações dos 77 executivos da Odebrecht, conhecida como “Delação do Fim do Mundo”, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou mais de 100 políticos.

17/03

Os brasileiros acordaram com a notícia de que dezenas de frigoríficos vendiam carne estragada ou de péssima qualidade, com a cumplicidade de fiscais corruptos. Em poucos dias ficou evidente que a Operação Carne Fraca se precipitara e havia escorregado numa divulgação alarmista. Diversos países interromperam temporariamente a importação da carne brasileira

 

Abril

11/04

Edson Fachin autorizou a abertura de inquéritos baseados nas delações da Odebrecht. Oito ministros, 39 deputados federais e 24 senadores, além de todos os ex-presidentes da República vivos, com exceção de Fernando Henrique Cardoso.

20/04

O empreiteiro Leo pinheiro

Léo Pinheiro, então sócio da OAS, uma das maiores empreiteiras do país, revelou em depoimento ao juiz Sergio Moro que o apartamento triplex no Guarujá pertencia a Lula.

 

Antonio Palocci, preso há 214 dias

Preso em Curitiba desde setembro de 2016, Antonio Palocci, ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff, prometeu em depoimento a Sergio Moro “apresentar fatos de interesse da Lava Jato”. Palocci ainda tenta fechar um acordo de colaboração premiada com os procuradores federais da Lava Jato.

25/04

Por três votos a um, o Supremo Tribunal Federal determinou que o goleiro Bruno voltasse à prisão. Condenado pelo assassinato da namorada, o jogador aguardará o julgamento em segunda instância atrás das grades.

CPI do BNDES vai ouvir o amigão de Lula

Na mesma terça-feira, por 3 votos a 2, a Segunda Turma do STF devolveu ao recesso do lar o ex-empresário José Carlos Bumlai, convertido ao banditismo militante já no começo do intenso convívio com o amigo Lula. Condenado por gestão fraudulenta e corrupção passiva, ganhou o direito de esperar livre como um táxi a decisão em segunda instância.

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