O Lhama-de-Franja e o Homem sem Visão de 2011 formam uma dupla e tanto
Em 28 de julho de 2008, o presidente da Bolívia, Evo Morales, precisou de menos de 30 segundos para explicar como funciona o Estado Democrático de Direito na cabeça de um genuíno Lhama-de-Franja: “Quando algum jurista me diz: ‘Evo, você está equivocado juridicamente, isso que está fazendo é ilegal’, bom… eu faço mesmo que seja […]
Em 28 de julho de 2008, o presidente da Bolívia, Evo Morales, precisou de menos de 30 segundos para explicar como funciona o Estado Democrático de Direito na cabeça de um genuíno Lhama-de-Franja: “Quando algum jurista me diz: ‘Evo, você está equivocado juridicamente, isso que está fazendo é ilegal’, bom… eu faço mesmo que seja ilegal. Depois digo aos advogados: ‘Se é ilegal, legalizem, pois foi para isso que estudaram’”.
Quem tem um Márcio Thomaz Bastos pode dispensar-se de tais diálogos. Desde junho de 2005, quando a descoberta do mensalão apressou seu deslocamento para o posto de Advogado-Geral dos Bandidos de Estimação, Márcio trata de legalizar o ilegal antes mesmo de ouvir pedidos de Lula. Foi o doutor do mensalão quem transformou o dinheiro das malas de Marcos Valério em “caixa dois”, ou a ladroagem deslavada em “recursos não contabilizados”. Se Evo Morales conhecer o conjunto da obra do imaginoso jurista, nosso Homem sem Visão de 2011 nem terá tempo para festejar o título. Antes que o ano termine, vai assumir o Ministério da Justiça da Bolívia.