O antigo vice de Maluf que ressuscitou como cartola embolsa até medalha de ouro

José María Marín começou a carreira política na década de 60. Foi vereador em São Paulo, deputado estadual, vice-governador e, como o titular Paulo Maluf precisou desincompatilizar-se do cargo para disputar uma cadeira no Congresso, governador por 10 meses.  Depois de três ou quatro derrotas eleitorais de bom tamanho, Marin achou melhor submergir por algum tempo, sem se desligar do PTB. Há meses, reencarnou numa vice-presidência da CBF.

Poucos meses depois, Ricardo Teixeira achou prudente trocar a sede da CBF por um esconderijo no litoral americano. Por ser o mais velho dos vices, Marin assumiu interinamente o cargo que passaria a pertencer-lhe com a renúncia do titular foragido. Em janeiro de 2012, durante a cerimônia de premiação dos jogadores do Corinthians que conquistaram a Copa São Paulo, o novo figurão dos campos do Brasil mostrou que conseguiu ficar um pouco pior.

Como comprova o vídeo, José Maria Marin aproveitou a solenidade para enriquecer o prontuário com o furto de medalhas de ouro. Tinha 79 anos. Aos 82, descobriu que o que faz aqui impunemente costuma dar cadeia em paragens menos primitivas. No Brasil, seu nome enfeita a fachada do prédio da CBF. Nos Estados Unidos, onde todos são iguais perante a lei, seria apenas um número a mais na população carcerária.

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