Em quatro partes, o resumo da entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
Parte 1 O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conta como foi a montagem da equipe que coordenou a transição entre o governo que saía e o que entrava e recorda o nervosismo do mercado às vesperas da eleição com o chamado de “efeito Lula”. FHC também comenta a oposição implacável dos congressistas do PT, que votaram contra todos os projetos do governo, […]
Parte 1
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conta como foi a montagem da equipe que coordenou a transição entre o governo que saía e o que entrava e recorda o nervosismo do mercado às vesperas da eleição com o chamado de “efeito Lula”. FHC também comenta a oposição implacável dos congressistas do PT, que votaram contra todos os projetos do governo, entre os quais o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Parte 2
Fernando Henrique diz que não mudaria nada no processo de privatização acelerado durante o seu governo. Afirma que, entre outras mudanças saudáveis, a redução do mamute estatal transformou a Vale do Rio Doce, de um cabide de empregos, na Vale que é hoje uma das empresas mais lucrativas do mundo. O ex-presidente realça a importância das agências reguladoras e oferece explicações para parcerias com personagens como Renan Calheiros ou Romero Jucá.
Parte 3
O ex-presidente garante que jamais fez acordos com Judas para conseguir governar ou para fechar alianças com o PFL e o PMDB. Para FHC, o mensalão foi a grande moeda de troca dos petistas, que a usaram não para conseguir a aprovação de projetos, mas para assegurar a submissão do Legislativo. Ele conta que o governo Lula recusou a ideia de elaborar, em parceria com o PSDB, uma pauta de grandes questões nacionais a resolver. FHC analisa semelhanças e diferenças entre os projetos sociais que implantou e os conduzidos pelo atual governo.
Parte 4
FHC lembra que seu governo tinha 23 ministérios, 13 a menos que o atual, e se diz preocupado com o inchaço da máquina administrativa. Ao analisar o quadro da América Latina redesenhado por governos que se qualificam de esquerdistas, Fernando Henrique critica as mudanças na política externa brasileira. Na crise de Honduras, exemplifica, o Brasil perdeu uma excelente oportunidade de agir como um pacificador de conflitos regionais. A entrevista termina com a descrição do dia a dia do ex-presidente que acaba de escolher o título do próximo livro: “Lembrando o que escrevi”.