Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

De onde vêm as palavras: Cobra que perdeu o veneno

Deonísio da Silva explica quando as jararacas se tornam inofensivas

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h30 - Publicado em 23 out 2016, 10h02

deonisio1

aa

Jararacas e cascavéis se tornam inofensivas, distribuindo dentadas inócuas, humilhadas e furiosas na consciência da própria fragilidade”, escreveu Luís Da Câmara Cascudo (1898-1986), acrescentando: “aplicam aos casos de irritação permanente, cólera recalcada, desajustamento notório”.

Até parece que estava antecipando a definição que de si mesmo daria o ex-presidente Lula, quando disse que tinham mexido com “a jararaca”, em comício feito logo após sua condução coercitiva para depoimento, por determinação do juiz Sérgio Moro, na manhã de 4 de março de 2016.

Advogado, antropólogo, historiador e jornalista, Câmara Cascudo é autor de extensa bibliografia sobre usos e costumes brasileiros, entre os quais o livro Locuções Tradicionais do Brasil: coisas que o povo diz.

Continua após a publicidade

Esta frase é invocada quando pessoas iradas nada podem fazer em situações de desespero.

A frase nasceu de crendice popular de que as cobras, para não sucumbirem ao próprio veneno, depositam-no em folhas quando precisam tomar água. Ao voltarem dos riachos, algumas acabam esquecendo-se de onde o puseram, metendo-se como loucas à procura de peçonha temporariamente dispensada.

Câmara Cascudo era potiguar, mas foi o escritor maranhense Henrique Maximiano Coelho Neto (1864-1934), autor de mais de cem livros e um dos membros-fundadores da Academia Brasileira de Letras, quem deu ares literários à frase famosa, registrando-a na peça A muralha, numa fala da personagem Ana que, incapaz de resistir ao jogo do bicho, comporta-se como cobra que perdeu o veneno.

Confira aqui outros textos de Deonísio da Silva

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.