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“Computatudo” e outras sete notas de Carlos Brickmann

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann Quando as estatais não dão certo, a saída oficial é sempre a mesma: gastar ainda mais dinheiro para ampliar suas atividades. Tem suas vantagens: se já não funcionava com menos atividades, com mais é que não anda mesmo. E abre-se caminho para investir mais uns trocados. Não vai funcionar, […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h43 - Publicado em 13 jan 2016, 14h25

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Quando as estatais não dão certo, a saída oficial é sempre a mesma: gastar ainda mais dinheiro para ampliar suas atividades. Tem suas vantagens: se já não funcionava com menos atividades, com mais é que não anda mesmo. E abre-se caminho para investir mais uns trocados. Não vai funcionar, claro, e investimento novo será necessário. A festa só termina quando acaba o nosso dinheiro.

A novidade é a Grande Empresa Estatal de Informática, Comunicação e Tecnologia, juntando DataPrev, Serpro e Telebras (a Telebras nega, mas a decisão final será tomada em nível superior, e à Telebras só caberá concordar ou concordar).

Não deixa de ser interessante: se a Apple nasceu numa garagem, se a Microsoft foi criada por dois estudantes, se o Google foi criado quase sem capital, imagine uma empresa que nasce com sete mil funcionários e perto de US$ 1,5 bilhão de capital! Só que não: se o governo se mete, até dinheiro demais atrapalha.

Há alguns anos, quando tentaram criar na marra uma indústria brasileira de computadores (com investimento do Banco do Brasil), o sistema operacional Sisne não deslanchou, e o computador, descobriu-se pouco depois, era um Ferranti inglês, projetado para ajustar a mira de canhões de navios. Não era inteiramente importado, claro: em cima da marca Ferranti havia uma placa com o nome Cobra. E o Cobra reconhecia acentos e cedilha melhor que o Ferranti. Em resumo, nada deu certo, apesar do esforço do governo e do investimento maciço.

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Que nome terá a nova empresa? Computabras? Brascomputa? ComPutaTudo?

Lalau Tower

Uma empresa-gigante, uma campeã nacional, precisa de um prédio condigno para funcionar. Simples: fundos de pensão ligados ao setor contratam uma empreiteira habituada ao trato com investimentos públicos, recém-saída de um acordo de leniência, para construir um belo prédio.

A Gigante da Computação irá então alugá-lo por um período de pelo menos vinte anos, mobiliá-lo em concorrências públicas rigorosamente legais, contratar os serviços terceirizados de segurança, limpeza, alimentação, talvez – sejamos modernos! – computação. E, já instalada, poderá se dedicar à implantação de subsedes em todo o país. Exagero?

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Torre de Prata

Tour d’Argent ficaria meio besta, né? Traduz-se, então. Mas a história vale ouro. O setor financeiro da Petrobras Distribuidora, BR, funcionava sem problemas nas amplas instalações da Petrobras, no Rio. Mas ninguém quer regular mixaria. E a Odebrecht foi escolhida para construir um belo prédio em Salvador – investimentozinho, pouco mais de meio bilhão de reais – para que o financeiro ali se instalasse. E a BR paga o aluguel.

Como funciona a engenharia financeira: a empresa aluga o imóvel da construtora por 20 anos. A construtora emite CRIs, Certificados de Recebível Imobiliário, e os vende com desconto (em economês, deságio) aos fundos de pensão interessados. Num período de 8 a 12 anos, a venda dos recebíveis paga terreno e obra. Com tudo pago, o prédio continua sendo da construtora.

Quem paga o aluguel continua pagando sem ser dono de nada.

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Coisa fina

Louve-se a sofisticada engenharia financeira. O fundo de pensão poderia mandar fazer o prédio, do qual seria dono, talvez com a mesma empreiteira, e receber os aluguéis para sempre. Mas a opção deve ter sido boa.

Uma decisão dessas não é individual, ninguém toma sozinho: sempre é uma comissão que decide.

Como é lá fora

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, tirou férias com a família no Caribe. Ele só pode viajar no avião oficial. E escolheu levar a família no voo. Por isso pagará, por pessoa, o preço de primeira classe em linhas comerciais.

Férias em bases militares especialmente preparadas? Não, isso lá não existe. Ele alugou uma casa pela qual paga, de seu dinheiro, US$ 2.500 por dia.

Cada vez aumenta mais

Quais os senadores da oposição que votaram mais vezes a favor do governo? Um é difícil de acertar: David Alcolumbre, DEM do Amapá.

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O outro é figurinha carimbada, talvez todos já saibam: Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, principal partido da oposição.

Aécio votou com o governo em 73% das vezes.

Bom é estar longe

A pesquisa é do Worldwide Independent Network of Market Research (no Brasil, seu representante é o Ibope Inteligência) e envolveu 65 países. A mais alta taxa de apoio externo à presidente Dilma Rousseff vem de cidadãos do Afeganistão, Índia e República das Maldivas: 48% a favor, 11% contra. Na América Latina, exceto o Brasil, 37% são contra, 29% a favor.

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Simplificando os números, quanto mais longe estão de Dilma, mais os eleitores gostam dela.

Vovô sabe tudo

Juliana Brizola, deputada estadual pelo PDT gaúcho, está acabando um livro com frases de seu avô, Leonel Brizola. Algumas, garimpadas pelo colunista Giba Um, são ótimas: sobre o ex-governador carioca Anthony Garotinho, ex-aliado, depois adversário, “é como uma bola, não tem lado e é oco por dentro”; sobre Lula, ex-adversário, depois aliado, “o PT é a UDN de tamanco e macacão”.

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