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“A nova etapa da guerra” e outras cinco notas de Carlos Brickmann

Dos Três Porquinhos, um, Dutra, morreu há um ano; outro, Palocci, está preso. Como no clássico livro de mistério O Caso dos Dez Negrinhos, de Agatha Christie, dos Três Porquinhos só restou um

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h44 - Publicado em 28 set 2016, 07h54

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

Depois da prisão de Palocci, o grande articulador da aliança entre o PT e parte do grande empresariado, alguns dias de folga: não pode haver prisões, exceto em flagrante, até dois dias depois das eleições. Mas este colunista, mesmo não sendo nenhum Alexandre de Moraes, pode garantir que, passado o prazo de calma imposto pela lei eleitoral, a Lava Jato volta às atividades externas. Até lá, dedica-se às atividades internas – como a leitura e análise do rico material apreendido na Odebrecht. É muita coisa.

Por exemplo, foi determinado o bloqueio de R$ 10 milhões na conta de Guido Mantega, mas só foram encontrados R$ 4 mil. Ou os R$ 10 milhões nunca existiram – e a fonte da informação passa a ser suspeita – ou existiam e foram distribuídos. No caso, para quem?

Um detalhe: ainda não houve a delação premiada de Marcelo Odebrecht e de alguns de seus executivos. Por enquanto, o que se analisa é o material apreendido – que entre outras coisas indica a transferência de R$ 128 milhões da Odebrecht para Palocci. A apreensão de papéis de Palocci e Mantega pode trazer novos subsídios à investigação, talvez com novas ordens de prisão. Outro detalhe: o pedido de prisão de Palocci não partiu dos procuradores, mas da Polícia Federal – que não se limita portanto, a cumprir ordens, mas age ativamente na investigação. Se alguém quiser controlar a Lava Jato, terá de convencer o juiz, os procuradores e a Federal.

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Curiosidade

Os três homens-chave da campanha de Dilma eram chamados por ela, nos seus raros momentos de bom-humor, de Três Porquinhos: José Eduardo Dutra, Antônio Palocci e José Eduardo Martins Cardozo. Dos Três Porquinhos, um, Dutra, morreu há um ano; outro, Palocci, está preso. Como no clássico livro de mistério O Caso dos Dez Negrinhos, de Agatha Christie, dos Três Porquinhos só restou um.

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Mais nomes, mais casos…

Nos papéis de Odebrecht, aparece mais um nome importante: Aldemir “Dida” Bendine, que foi presidente do Banco do Brasil e da Petrobras. Odebrecht quer saber se um assessor tinha conseguido marcar uma reunião com “o Italiano” – pode ser Mantega, pode ser Palocci, O assessor não tinha conseguido, mas promete conversar com “Dida do BB” sobre o caso.

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…mais casos, mais nomes

Do ótimo Lauro Jardim, em O Globo: as informações da Odebrecht já somam 4,5 metros de altura.

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O grande nome

O Tribunal de Contas da União pediu o bloqueio dos bens de Dilma, de Palocci e de outros ex-integrantes do Conselho de Administração da Petrobras, pelos prejuízos na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, EUA – aquela que funcionários da empresa apelidaram de Ruivinha, por estar enferrujada. As perdas que podem ser atribuídas, ao menos em parte, a Dilma e demais conselheiros, atingem, segundo o relatório do TCU, US$ 266 milhões. Pasadena foi comprada pela empresa belga Astra Oil em 2005, por US$ 42 milhões. Em 2006, a Petrobras comprou metade da empresa por US$ 359 milhões, com voto favorável de Dilma. Em 2012, a Petrobras comprou a outra metade, pagando à Astra Oil US$ 820 milhões.

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Filme queimado

Esses e outros casos influíram na queda de prestígio político e eleitoral do PT. A presidente foi impichada, e da tal “resistência ao golpe” restaram manifestações de rua, a cada dia menores e mais violentas, o grito folclórico “Fora Temer” e dificuldades para os candidatos que ficaram com Dilma até o fim. Jandira Feghali do PCdoB, estava mal no Rio, com 8% nas pesquisas. Pediu socorro aos padrinhos, e tanto Lula quanto Dilma entraram em seus anúncios e no programa gratuito. Jandira caiu para 6%. E o PT tem a perspectiva de eleger apenas um prefeito de capital, no Acre.

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