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‘O governo é um fingidor’ e outras cinco notas de Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann CARLOS BRICKMANN Como não disse Fernando Pessoa, um governo finge tão completamente que chega a achar que é certa qualquer história que invente. O governo federal vai mal, perdendo aliados (até o fiel dos fiéis, o gaúcho Olívio Dutra!), sofrendo oposição mesmo de partidos que contemplou com boquinhas, com aliados […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 02h08 - Publicado em 11 fev 2015, 08h18

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN

Como não disse Fernando Pessoa, um governo finge tão completamente que chega a achar que é certa qualquer história que invente.

O governo federal vai mal, perdendo aliados (até o fiel dos fiéis, o gaúcho Olívio Dutra!), sofrendo oposição mesmo de partidos que contemplou com boquinhas, com aliados que o amam com todo o ódio. Qual a saída? João Santana. Dilma decretou que o problema está na falta de comunicação: é preciso trazer de volta o comunicador do Brasil Cor de Rosa para restabelecer a Força Vermelha. Porque, no Brasil, quando o governo não anda, mais verba para a propaganda.

O setor de Comunicação do governo federal está com problemas: João Santana escreveu o discurso de posse de Dilma, saiu de férias e ainda não voltou, Thomas Traumann não queria ficar como porta-voz mas não havia ninguém para por em seu lugar, Ricardo Berzoini não é do ramo. Mas talvez o problema não esteja apenas no que é dito, ou como é dito, mas naquilo que se sente: promessas descumpridas, alta de impostos, alta brutal da luz, Petrolão. Há quem reclame do uso do nome Petrolão. Mas, se fosse outro o nome, menor seria o escândalo?

O governo tucano paulista tem o mesmo problema, enfrentado da mesma maneira: para reduzir o impacto da estiagem, baixou um dicionário em tucanês castiço. Volume morto virou Reserva Técnica, crise hídrica se transformou em alocação inteligente de recursos hídricos disponíveis para maximizar sua utilização. Enfrentar a falta d’água é menos importante: as eleições ainda estão longe.

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Dietas já
O prefeito de São Bernardo do Campo, o petista Luiz Marinho, cortou drasticamente a merenda escolar. Explicação: os alunos estavam ficando obesos. Se Dilma pode fazer dieta, por que os alunos seriam privados de passar fome?

Com gente é diferente
Lembra da propaganda de Dilma, em que os banqueiros embolsavam o dinheiro e a comida sumia da mesa da população? Dilma ganhou, os banqueiros também: em 2014, o Bradesco teve lucro líquido de R$ 15,3 bilhões, seu recorde (e, além disso, indicou um alto funcionário para ocupar o Ministério da Fazenda); o Itaú, só no último trimestre de 2014, teve lucro líquido de R$ 5,52 bilhões.

Banqueiro tem pele grossa. Nenhum ficou chateado com a propaganda.

Tinindo as espadas
A festa de transmissão do comando do Exército do general Enzo Peri para o general Eduardo Villas Boas custou R$ 48 mil, segundo levantamento da respeitada Contas Abertas. No custo entram canapés, coquetel, almoço, jantar, mesa de salgadinhos, coffee break (que antigamente se chamava lanchinho) e flores.

Quem perde ganha
Não se preocupe com o bem-estar de Luciana Genro, candidata derrotada à Presidência da República pelo PSOL, filha de Tarso Genro, candidato derrotado à reeleição pelo PT para o governo gaúcho. Luciana Genro ganhou o cargo de Coordenadora Geral da bancada do PSOL na Assembleia gaúcha, com salário de R$ 16.900.

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Quantos deputados tem a bancada que coordena? Um: Pedro Ribas.

O problema vem de longe
Ninguém pode criticar o governo paulista, os governos de outros Estados atingidos pela seca, o governo federal: todos foram surpreendidos pela falta d’água (se houvesse processo, os dirigentes diriam, em coral, o famoso “eu não sabia”). Foi mesmo uma surpresa. Amélia Guida Costa, assídua leitora desta coluna, comprovou que o alerta foi recente demais. Encontrou no jornal Correio Paulistano de 9 de novembro de 1867 uma notícia sobre a falta d’água com a seguinte abertura: “É facto importantíssimo o estado de penuria em que andam os habitantes da Capital a respeito d’agua potavel. A julgar pela antiguidade e pertinácia do mal, é difficil de saber-se quando há de vir o necessario remedio. Se não falham nossas recordações, começou elle à preocupar à atenção dos governos provinciaes desde a presidencia do conselheiro Saraiva (…)”

José Antônio Saraiva governou São Paulo de 1854 a 1855. Como nossos atuais governantes poderiam trabalhar sabendo dos fatos com tão pouca antecedência, de apenas 160 anos?

Clique https://www.brickmann.com.br/index.php e veja a nota de 1867.

 

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