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‘Acabou o teflon’, por Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann CARLOS BRICKMANN O deputado federal Paulinho da Força, do Solidariedade, foi grosseiro ao se referir à presidente Dilma Rousseff. Não precisava; não devia (e avançar na tequila num ato político é claramente inconveniente). Correu o risco de abafar a mais importante constatação dos festejos de Primeiro de Maio: a de […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 03h56 - Publicado em 4 Maio 2014, 16h32

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN

O deputado federal Paulinho da Força, do Solidariedade, foi grosseiro ao se referir à presidente Dilma Rousseff. Não precisava; não devia (e avançar na tequila num ato político é claramente inconveniente). Correu o risco de abafar a mais importante constatação dos festejos de Primeiro de Maio: a de que acabou a época em que acusações a líderes petistas não aderiam a eles. Dilma, ausente, foi vaiada; vaiados foram, presentes, os ministros Gilberto Carvalho e Ricardo Berzoini, o prefeito paulistano Fernando Haddad (ficou mui-to bra-vo!), o candidato ao Governo paulista, Alexandre Padilha. Não foram vaiados só na festa da Força Sindical, que montou um palanque oposicionista; foram vaiados também — e alvejados por latas e garrafas — na festa da CUT, o braço sindical do PT.

É importante lembrar, também, que a CUT, de longe a maior central sindical do país, reuniu muito menos gente em sua festa de Primeiro de Maio do que a Força Sindical. A Força reuniu mais de cem mil pessoas (e anunciou um milhão e meio). A CUT reuniu algo como três mil (e anunciou 80 mil). Até os números inflados por ambas as centrais mostram a diferença de público entre suas festas.

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Pior ainda, a CUT festejava também o discurso como eu sou boazinha da presidente Dilma Rousseff em rede nacional de TV, com farta distribuição daquilo que o pessoal do Palácio chamou de “bondades”. Não adiantou e as vaias dominaram a comemoração. A explicação oficial é que “houve infiltração”.

OK. E tudo indica que a tal infiltração cada vez será mais visível e barulhenta.

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Coisa estranha
Certo, Polícia Federal é órgão de Estado, não de Governo. É mas não é. E por que, sendo oficialmente subordinada ao ministro da Justiça, criou com a Operação Lava-Jato tantos problemas para o Governo Federal? Atingiu a Petrobras (e, com isso, não apenas Graça Foster, um dos mais fiéis braços da presidente Dilma; atingiu a própria presidente Dilma); atingiu empreiteiras imensas, bem nas vésperas da eleição presidencial, na hora mais propícia para ordenhá-las; atingiu candidatos do bolso do colete do ex-presidente Lula, como o até há pouco ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato-poste ao Governo paulista. Acertou André Vargas, petista roxo, capaz até da besteira de fazer desfeita ao presidente do Supremo, que se atreveu a votar pela condenação dos mensaleiros.

Durante um determinado período, dizia-se que a Polícia Federal tinha uma ala ligada ao ex-ministro José Serra, do PSDB. Mas Serra saiu do Ministério há 12 anos. E?

Siga os salários
Quem nada tem a perder é perigoso, ensina Goethe. A Polícia Federal se queixa de estar há sete anos sem aumento. Queixa-se de ingerência política, de transferência a outros setores de suas atribuições constitucionais, de más condições de trabalho. Um delegado da Polícia Federal começa com R$ 14 mil. E o promotor, que fez o mesmo curso jurídico e também prestou concurso? O Ministério Público do Rio está contratando promotores substitutos por R$ 22.800.

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Talvez por isso a Polícia Federal ameace fazer greve na época da Copa. Ou, em vez de cruzar os braços, esteja fazendo o que é pior para o Governo: trabalhar.

Os amigos de Vargas
Estranhando que o deputado paranaense André Vargas, ex-PT, tenha desaparecido para não ser intimado a depor a respeito de suas ligações com Alberto Youssef, acusado de, entre outras coisas, ser doleiro e articulador de negócios pouco ortodoxos na área governamental?

Não estranhe: Vargas precisa de algum tempo para arregimentar seus aliados. Por exemplo, o presidente do PT paranaense, Enio Verri, já partiu em sua defesa. Falando à jornalista Joice Hasselman (https://blogdajoice.com), Verri acusa o PT nacional e o presidente do partido, Rui Falcão, de ser duros demais com Vargas. Afirma que, se pudesse votaria pela absolvição do velho amigo e orientaria a bancada a também votar por ele. Verri não é o único.

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Vargas sempre soube obter recursos e dividi-los com os colegas.

Sorria, você paga a folia
Veja o cálculo em https://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/8426, do portal Contas Abertas: os partidos políticos receberam no ano passado, do Fundo Partidário, R$ 294 milhões em dinheiro público. Só? Não! Os horários destinados a cada partido são gratuitos para eles, não para nós. As emissoras deduzem o custo dos programas de seu imposto — e pela tabela cheia, que não é cobrada de nenhum outro anunciante (há más línguas que dizem que a tabela cheia só é utilizada na propaganda que chamamos de gratuita).

Neste ano, o custo se multiplica, com mais de 30 partidos usando o tempo na TV e no rádio para a campanha.

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Notícia boa, notícia má
A notícia boa é que Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, não será candidato ao Governo do Estado (vai apoiar seu filho, Renanzinho).

A má notícia é que, não sendo candidato ao Governo de Alagoas, Renan continua no Senado.

Para gregos e goianos
O PMDB de Goiás chegou a um acordo de pacificação. Íris Rezende desiste de ser candidato, Junior Friboi, preferido pela cúpula nacional do partido, vai enfrentar Marconi Perillo, PSDB.

Íris tem os votos, mas Junior Friboi tem dinheiro.

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