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Alberto Carlos Almeida

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Opinião política baseada em fatos
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Doria e Witzel contra Bolsonaro; falta Zema mudar de lado

Uma eventual união dos três poderá ser uma peça importante no enfraquecimento do apoio político do Presidente

Por Alberto Carlos Almeida Atualizado em 14 Maio 2020, 18h29 - Publicado em 14 Maio 2020, 18h12

Na eleição de 1982 para governador, a oposição venceu nos três estados mais importantes do Brasil. Franco Montoro venceu em São Paulo e Tancredo Neves conquistou Minas Gerais, ambos do PMDB. Leonel Brizola, do PDT, venceu no Rio de Janeiro. A trinca de governadores de oposição foi crucial para a campanha das Diretas Já que iriam ocorrer em 1984, quando milhões foram as ruas em todo o Brasil pedir a volta da eleição direta para presidente. Os três governadores foram importantes articuladores e financiadores dos enormes comícios. O movimento das Diretas Já não atingiu seu objetivo principal, mas permitiu a derrota do regime militar na eleição presidencial indireta que ocorreu em 1985: Tancredo Neves da oposição derrotou o candidato apoiado pelo sistema, Paulo Maluf.

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O Golpe Militar de 1964 teve o apoio dos governadores Adhemar de Barros de São Paulo, Magalhães Pinto de Minas e Carlos Lacerda da Guanabara. O golpe foi militar, mas ele não teria acontecido sem a mobilização civil, não apenas nas Marchas da Família com Deus pela Liberdade ocorridas nas principais capitais, mas também nas articulações político-militar que fizeram com que o General Amary Kruel, sediado em São Paulo e comandando o maior contingente militar do Brasil, e Olympio Mourão Filho de Minas Gerais que partiu de Juiz de Fora com suas tropas para depor o presidente, passassem a apoiar a retirada de João Goulart do comando do país.

A pandemia do coronavírus fez com que dois governadores dos três maiores estados rompessem com Bolsonaro. Doria e Witzel foram eleitos em 2018 na esteira da anti-política, para isso colaram sua propaganda e marketing no presidente vencedor. Desde 2019 os dois já vinham se afastando de Bolsonaro, este movimento se tornou claro para todo o país agora no gerenciamento das medidas de combate ao espalhamento do novo vírus. O governador que se mantém com Bolsonaro é Romeu Zema de Minas Gerais. É possível que isso se deva à soma da péssima situação fiscal de seu estado com a sua incapacidade de lidar politicamente com as raposas mineiras.

A eventual ação conjunta desses três governadores pode não ser mais tão determinante como já foi no passado, pois o país se descentralizou rumo ao Norte e Centro-Oeste e os estados do Nordeste agem hoje conjuntamente, o que é uma novidade na política brasileira. Ainda assim, uma eventual união dos três, possível, mas não provável, poderá ser uma peça importante no enfraquecimento do apoio político do Presidente. A opinião pública é fundamental neste jogo, se a aprovação de Bolsonaro cair muito a união dos líderes de São Paulo, Rio e Minas poderá não mais ser uma surpresa.

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