Zoológico dinamarquês sacrifica até 30 animais saudáveis por ano
Prática, comum em parques europeus, é utilizada para garantir uma população geneticamente saudável. Página do zoológico no Facebook é alvo de críticas
Administradores do Zoológico de Copenhague, na Dinamarca, ficaram surpresos com a comoção internacional causada desde o último domingo, quando eles esquartejaram um filhote de girafa em frente a uma plateia com crianças e usaram a carcaça para alimentar leões, leopardos e tigres. Marius, de um ano e meio, tinha perfeita saúde, mas foi sacrificado porque seus genes eram parecidos com os de outras girafas do zoológico, o que poderia aumentar a incidência de doenças genéticas em seus descendentes.
Uma petição online com mais de 30 000 assinaturas pedia que o zoológico não matasse o bicho. Manifestantes de direitos animais acusaram o parque de barbárie e falta de ética. Nos últimos dias, a página do zoológico no Facebook tem sido palco de um acalorado debate entre milhares de pessoas de vários países contrárias à medida e uma minoria favorável.
Sacrificar animais saudáveis é comum nos zoológicos europeus. Quando os genes de um animal não são considerados bons para o cruzamento, a prática é abatê-los, como no caso de Marius. O diretor científico do Zoológico de Copenhague, Bengt Holst, afirmou à rede britânica BBC que o parque sacrifica de vinte a trinta animais por ano para garantir uma população geneticamente saudável.
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