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Zika vírus causa microcefalia, confirmam autoridades de saúde dos EUA

Estudo feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) confirma a relação causal entre o vírus zika e o surto de nascimento de bebês com microcefalia no Brasil

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h57 - Publicado em 13 abr 2016, 19h12

Autoridades de saúde dos Estados Unidos concluíram nesta quarta-feira que a infecção pelo vírus zika em mulheres grávidas é a causa da microcefalia e de outros distúrbios cerebrais em bebês. Após uma extensa revisão científica dos estudos sobre o assunto, publicada no New England Journal of Medicine, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) afirmou que o vírus é o responsável pelo número elevado de casos de microcefalia registrados no Brasil.

“Não há nenhuma dúvida de que o zika causa microcefalia”, disse Tom Frieden, diretor do CDC, em teleconferência com jornalistas.

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Autoridades de saúde do Brasil, dos Estados Unidos e de todo o mundo já afirmavam havia algum tempo que o vírus estava relacionado ao aumento de número de casos de microcefalia em áreas afetadas pelo zika no Brasil. Os cientistas não estavam certos, no entanto, de que o zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, era a causa da microcefalia – ele poderia ser um entre diversos fatores responsáveis pela condição.

De acordo com Frieden, é a primeira vez na história que a picada de um mosquito é declarada a causa de distúrbios de nascença.

“Essa é uma associação sem precedentes. A ciência agora mostra o que centenas de famílias que sofreram o impacto do zika suspeitavam”, afirmou.

Zika e microcefalia – Para chegarem a essa conclusão, os pesquisadores recolheram as informações disponíveis sobre o zika e as submeteram a algumas metodologias científicas. Uma delas, conhecida como “Critérios de Shepard”, é composta de sete critérios e costuma ser usada como guia em discussões a respeito da relação causal ou não de agentes que podem causar má-formação congênita. De acordo com os pesquisadores, os estudos a respeito do zika e da microcefalia preenchem quatro dos critérios totalmente e um deles parcialmente. Um dos critérios não se aplica aos vírus e outro, que diz respeito a testes em animais, não foi preenchido.

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Seguindo essas metodologias, os cientistas afirmam que foram acumuladas evidências suficientes para inferir a relação causal entre o vírus e o zika. Diversas mulheres infectadas com o zika que tiveram bebês com a má-formação declaram ter tido a infecção no primeiro trimestre da gestação ou início do segundo, e o vírus foi encontrado no cérebro de bebês com microcefalia que morreram após o nascimento.

“Agora que reconhecemos a relação causal entre o zika e a má-formação, precisamos intensificar os esforços para prevenir as consequências do vírus. Contudo, muitas questões que ainda são críticas para essa prevenção persistem, como o espectro das más-formações causadas pelo zika em período pré-natal, riscos de outras consequências adversas quando a infecção se dá em outras fases da gravidez e outros fatores que podem afetar a gestação”, escrevem os pesquisadores no estudo.

(Da redação)

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