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Última passagem do século de Vênus pelo Sol começa nesta terça-feira

Durante o fenômeno, que só se repetirá em 2117, cientistas esperam registrar o máximo de informações que podem ajudar na busca de planetas fora do Sistema Solar

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h35 - Publicado em 5 jun 2012, 07h14

Cientistas se preparam para observar a passagem do planeta Vênus pelo Sol entre esta terça e quarta-feira. Durante o fenômeno, que só vai se repetir em 2117, os observadores poderão ver um pequeno ponto deslizando lentamente em frente do Sol.

O trânsito de Vênus, como é conhecido o fenômeno, acontece a intervalos alternados, um de 8 anos, outro superior a 100 anos. As últimas passagens do planeta entre o Sol e a Terra ocorreram em: 1639, 1761, 1769, 1874, 1882 e 2004.

Meio indireto de encontrar planetas – Os cientistas dos séculos VI e VII observaram os trânsitos de Mercúrio e Vênus para medir a distância da Terra ao Sol e para calcular o tamanho do Sistema Solar. Com essas distâncias já calculadas, os cientistas de hoje acreditam que a observação desse fenômeno pode ter outra utilidade: uma oportunidade única para aprimorar o estudo de planetas fora do Sistema Solar.

Rick Fienberg, da Sociedade Astronômica Americana (AAS, na sigla em inglês), explica que os primeiros e últimos 20 minutos da passagem de Vênus serão os melhores momentos para observação porque, nesse momento, a luz solar vai formar uma espécie de camada em todo o planeta, atmosfera de Vênus. O fenômeno terá duração total de seis horas e meia. “Os astrônomos tentarão então medir a composição da atmosfera de Vênus”, acrescentou Feinberg.

O Observatório Solar dos EUA (NSO) vai usar seus telescópios no Arizona, Novo México, Califórnia, Havaí, Austrália e Índia para gravar esse momento com centenas de imagens que exibirá em tempo real em seu site.

Os telescópios do NSO tentarão obter medições complementares da estrutura da atmosfera de Vênus buscando os rastros espectrais produzidos pelas emissões de gás carbônico, abundantes na atmosfera de Vênus.

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Com um grande encontro em Mauna Kea (Havaí), considerado o melhor ponto do planeta para ver o fenômeno, a Nasa transmitirá o evento ao vivo em seu site e se conectará com analistas de seus centros e de 148 países de todo o mundo.

“Poderemos fazer medições da atmosfera de Vênus durante sua passagem diante do Sol e ver que tipo de sinais são obtidos tomando medidas similares de exoplanetas (como são chamados os planetas fora do Sistema Solar) que passam em frente à sua estrela e depois comparar os resultados”, disse Gerard van Belle, astrônomo do Observatório Lowell, localizado no estado do Arizona, Estados Unidos.

Os especialistas acreditam que a galáxia está cheia de bilhões de planetas rochosos que poderiam permitir a existência de vida. A maioria ainda não foi descoberta e fica tão longe que seria impossível alcançá-los com a tecnologia moderna.

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Quem vai conseguir ver o fenômeno – O início do trânsito será visível na América do Norte, América Central e Norte da América do Sul na última hora da tarde desta terça-feira, se o céu estiver limpo. O final do fenômeno não será visto nas outras regiões devido ao pôr-do-sol.

Toda a passagem de Vênus diante do Sol poderá ser vista na Ásia oriental e na região do Pacífico Ocidental. Na Europa, no Oriente Médio e no Sul da Ásia serão vistas as etapas finais do fenômeno durante o amanhecer.

Os astrônomos explicam que o fenômeno poderá ser visto a olho nu, mas lembram da necessidade do uso de um filtro apropriado para a observação, uma vez que a observação direta do Sol pode causar danos permanentes à visão.

Visto do espaço – Dezenas de atividades estão previstas para capturar as melhores imagens deste fenômeno que só vai se repetir daqui mais de 100 anos. Uma delas é a captura fotográfica que será realizada da Estação Espacial Internacional (ISS) pelo astronauta Don Pettit. (assista ao vídeo abaixo, em inglês, com legendas em português).

O astronauta americano Don Pettit, tripulante da ISS, se transformará no primeiro ser humano a testemunhar e fotografar o trânsito no espaço.

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(Com Agências France-Presse e EFE)

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