Total de peixes mortos na Lagoa chega a 60 toneladas
Chuvas intensas chegaram a reduzir para zero o nível de oxigênio da água
Em três dias, a prefeitura do Rio de Janeiro já recolheu mais de 60 toneladas de peixes mortos na Lagoa Rodrigo de Freitas. O primeiro balanço, divulgado na tarde de quarta-feira, totalizava 12 toneladas. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smac), não foram constatadas novas mortes nesta quinta, mas o trabalho de retirada dos animais de um dos principais cartões postais da cidade ainda era intenso.
A razão para o fenômeno é o baixo nível de oxigênio da água, que chegou a zero na terça-feira, subiu a três, mas voltou a cair para 1,6 nesta quinta, conforme medição feira pela Smac. A queda está diretamente ligada à matéria orgânica acumulada na lagoa, em função das chuvas intensas que atingiram a cidade nos últimos dias.
A maioria dos peixes mortos são das espécies Savelha, Manjubinha e Acará – mais sensíveis às mudanças de condições do ambiente aquático, explica a secretaria. Uma nova parceria firmada com o Ministério da Pesca quer também incentivar a pesca nesta época de reprodução das pequenas espécies.
O número de garis precisou ser dobrada para dar conta da demanda. Agora, 180 pessoas trabalham na remoção dos animais. A operação conta, ainda, com o apoio de uma nova embarcação, mais veloz, além de três catamarãs e uma Kombi lava jato, para lavar e desodorizar os locais onde os peixes são acumulados.