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Tiranossauro rex era um amante sensível

Segundo novo estudo, o focinho e a pele que revestia o crânio era ultrassensível, característica fundamental para o sucesso da reprodução desses dinossauros

Por Da redação
Atualizado em 3 abr 2017, 13h13 - Publicado em 30 mar 2017, 18h30

Além de ter o corpo coberto por penas multicoloridas e a voz possivelmente parecida com os sons emitidos por rolinhas e avestruzes, o Tiranossauro rex também era um amante sensível. O último detalhe do perfil do carnívoro de quase seis metros de altura que aterrorizava as florestas da Terra entre 100 milhões e 65 milhões de anos atrás, foi descrito nesta quinta-feira, na revista Scientific Reports: o focinho do dinossauro era ultrassensível, uma característica importante para o ritual de acasalamento.

“Durante a corte, os Tiranossauros deveriam esfregar suas faces sensíveis uns nos outros em uma fase vital dos jogos que precedem a cópula”, escrevem os autores no estudo.

Segundo o estudo, feito por pesquisadores do Carthage College, nos Estados Unidos, a pele que revestia o crânio do grupo dos Tiranossauros era muito sensível, comparável aos crocodilos atuais, que têm os focinhos mais sensíveis que as pontas dos dedos humanos. A característica é útil para explorar os arredores, construir ninhos, movimentar ou carregar os ovos e os filhotes sem machucá-los. Contudo, a sensibilidade tátil também parece ter sido fundamental para o sucesso na reprodução dos Tiranossauros – sem o estímulo no rosto, fase essencial antes da cópula, o acasalamento estaria ameaçado.

Um novo Tiranossauro

A descoberta foi possível graças a fósseis encontrados em Montana, nos Estados Unidos, em 2016, que pertencem a uma nova espécie de Tiranossauro, o Daspletosaurus horneri. O estudo, que descreve o novo membro do grupo, analisa a textura dos ossos faciais e oferece importantes evidências para a anatomia e evolução dos Tiranossauros.

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Reconstrução da face do ‘Daspletosaurus horneri’, mostrando detalhes da pele que revestia o crânio. (Divulgação/VEJA.com)

Segundo os pesquisadores, a face desses dinossauros era recoberta com uma camada protetora com um alto grau de sensibilidade, similar aos jacarés e crocodilos atuais. A pele era repleta de numerosas aberturas que permitiam que ramos do nervo trigêmeo (nervo craniano com predomínio da função sensitiva que, em mamíferos, répteis e aves modernas recebem os sinais do ambiente) atingissem a superfície, tornando-a extremamente sensível. Algo semelhante ocorre atualmente em crocodilos e jacarés que, antes do acasalamento, esfregam as faces umas nas outras para estimular a reprodução.

“Os Tiranossauros são idênticos aos crocodilianos pois os ossos de seus focinhos e maxilares são ásperos, exceto por uma faixa estreita de ossos lisos ao longo da linha dos dentes. Não encontramos nenhuma evidência de lábios nos tiranossauros, a textura áspera é coberta por escamas que se estende quase até a linha dos dentes, o que não deixa espaço para eles”, afirmou Thomas Carr, líder do estudo, em comunicado.

De acordo com os pesquisadores, a descoberta traz indícios de como se deu o desenvolvimento do grupo dos Tiranossauros e oferece novas evidências de sua evolução. “Nossa descoberta de uma rede sensorial complexa é especialmente interessante porque é derivada do nervo trigêmeo que teve uma extraordinária história evolutiva e se transformou em um tipo de ‘sexto sentido’ em diversas espécies”, afirmou Jayc Sedlmayr, da Universidade do Estado da Louisiana, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo, em comunicado.

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