Telescópio fotografa nebulosa em formato de olho
A Nebulosa da Hélice está a 700 anos-luz da Terra e se formou com o material liberado por uma estrela no fim da vida
O VISTA, um dos telescópios do ESO (Observatório Europeu do Sul) no Chile, captou imagens de um corpo estelar chamado Nebulosa da Hélice. A nebulosa está a 700 anos-luz da Terra e é resultado dos últimos estágios da vida de uma estrela como o nosso Sol.
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NEBULOSA PLANETÁRIA
Corpos como a Nebulosa da Hélice são chamados de nebulosas planetárias, mas não têm nenhuma relação com planetas. O nome foi dado graças ao aspecto circular do fenômeno, que lembra um planeta.
A estrela original tem, atualmente, uma parcela mínima do tamanho que alcançou no auge de sua existência, há bilhões de anos. Praticamente sem ‘combustível’ para queimar, essa estrela foi incapaz de manter suas camadas exteriores e esse material vai se dissipando lentamente. A vida média de uma estrela desse tamanho é de 8 bilhões de anos. O Sol já tem 4,8 bilhões de anos.
A coroa em volta da estrela, que está se transformando no que os astrônomos chamam de anã branca, é formada por poeira e gás. O material sofre influência da radiação ultravioleta que a estrela ainda emite e brilha intensamente, como se pode ver na imagem. Quando mais longe do centro, mais frio está o gás e a poeira. A imagem do VISTA conseguiu captar essa variação porque combina dados em infravermelho, radiação que está além do espectro visível.
O anel mais visível, em amarelo escuro, tem cerca de dois anos-luz de diâmetro, o que corresponde a cerca de metade da distância entre o Sol e a estrela mais próxima, a Alpha Centauri, e é bem maior do que o nosso Sistema Solar inteiro. O material já liberado pela estrela estendia-se por mais de quatro anos-luz a partir do centro quando o fenômeno aconteceu. Ao fundo, é possível observar dezenas de estrelas da constelação de Aquário.
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