Telescópio europeu divulga imagem de ‘berço de estrelas’
A Nebulosa Ômega é uma das mais brilhantes da nossa galáxia, a Via Láctea
O ESO (Observatório Europeu do Sul) divulgou uma das imagens mais nítidas já feitas da Nebulosa Ômega, um dos mais ativos berçários de estrelas da Via Láctea. A foto foi tirada pelo telescópio Antu, um dos quatro que formam VLT (Very Large Telescope – Telescópio Muito Grande), mantido pela União Europeia no litoral do Chile, que é um dos melhores pontos de observação do cosmos.
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NASCIMENTO DAS ESTRELAS
As estrelas nascem a partir da condensação de gases de uma nebulosa, como a Ômega. As moléculas desses gases são muito afetadas pela radiação das estrelas vizinhas.
Assim que nasce, a estrela passa a sofrer grande pressão de sua própria gravidade. Essa pressão comprime o gás para o núcleo do corpo celeste, fazendo com que o astro produza energia – até seu colapso.
A força gravitacional das estrelas é tão grande que elas podem atrair outros corpos celestes para orbitá-las. Por isso o nosso e outros planetas giram em torno de estrelas.
Quando morrem, as estrelas, estrelas de grande massa, como as que são formadas na Nebulosa Ômega, explodem em uma supernova, espalhando os elementos que a formaram e ajudando a iniciar o ciclo de formação de outras estrelas.
No caso de estrelas com menor massa, como é o caso do nosso Sol, o fim é diferente. Com o fim do combustível elas vão se retraindo e esfriando ao longo de centenas de milhões de anos.
O fundo avermelhado mostra nuvens de gás, sobretudo hidrogênio, que servem de matéria-prima para a formação de novas estrelas de grande massa junto com a poeira cósmica, mostrada nas manchas escuras. Os pontos azuis brilhantes são as estrelas recém-nascidas, que liberam muita radiação ultravioleta.
A Nebulosa Ômega também é chamada por outros nomes, como Nebulosa de Cisne, Ferradura e Lagosta. Depende de quem a observou e quando, pois essa região sempre foi popular entre os astrônomos graças a seu brilho e coloração. Ela está na constelação de Sagitário, a mais de cinco mil anos-luz da Terra.
O ESO, que completará 50 anos em 2012, é o observatório astronômico mais importante e produtivo do mundo. O projeto é financiado por 15 países, entre eles o Brasil.
Veja abaixo a imagem completa: