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SP tem pelo menos 900 grávidas com suspeita de zika

Até agora, nenhum dos fetos desenvolveu microcefalia, mas as mulheres seguem sendo monitoradas, diz Secretaria Estadual de Saúde

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h58 - Publicado em 19 mar 2016, 10h15

Pelo menos 900 gestantes do Estado de São Paulo já receberam o diagnóstico suspeito de zika, revelou ontem ao Estado Gizelda Katz, diretora de emergências em saúde do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde. Até agora, nenhum dos fetos desenvolveu microcefalia, mas as mulheres seguem sendo monitoradas, uma vez que a má-formação pode aparecer nos exames somente em estágios mais avançados da gravidez. No grupo de mulheres que já deram à luz, há 38 casos confirmados de microcefalia com suspeita de ligação com o zika e 112 em investigação no Estado.

De acordo com Gizelda, como ainda não há exames diagnósticos de zika em volume suficiente para testar toda a população com sintomas, as gestantes estão sendo priorizadas. “De casos autóctones de zika confirmados em laboratório temos 101, dos quais 84 são gestantes”, contou ela, após participar de evento sobre o zika promovido pelo Instituto Emílio Ribas. Os demais registros ainda estão sendo investigados.

Segundo a diretora, a maioria das gestantes com suspeita da doença é de Ribeirão Preto. “Essa é a região que vai ser o epicentro de zika no Estado” diz. Segundo a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, 425 grávidas já receberam diagnóstico suspeito de zika neste ano.

Circulação viral – Outros indícios mostram que o vírus está circulando com mais intensidade em território paulista. Há 20 dias, a Faculdade de Medicina de Jundiaí iniciou uma pesquisa com gestantes saudáveis para comparar com um segundo grupo com sintomas de zika. Os pesquisadores, no entanto, surpreenderam-se ao verificar que, das 56 amostras colhidas de grávidas sem sintomas, 80% tinham a presença do zika. “Esses resultados são preliminares, estamos repetindo os testes, mas é assustador”, disse Saulo Passos, professor de pediatria da faculdade.

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Paralelamente ao acompanhamento das gestantes saudáveis, o Hospital Universitário da Faculdade de Jundiaí realizou quatro partos de crianças com microcefalia em apenas 15 dias. Três das mães testaram positivo para zika. “Antes era raríssimo ter um caso desse no hospital”, conta Saulo. A análise dos casos é mais um dos trabalhos da Rede Zika, força-tarefa de pesquisadores paulistas.

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Repelente – Apesar das informações sobre as possíveis complicações ligadas ao vírus zika, como a síndrome de Guillain-Barré e a microcefalia, apenas 27% dos brasileiros usam repelentes. Por outro lado, 96% afirmam que eliminam os criadouros do Aedes aegypti em casa, como vasilhas e recipientes. Foi o que constatou uma pesquisa sobre a doença feita pelo Instituto Ipsos com 1,2 mil pessoas nas cinco regiões do país. Foram ouvidos moradores de 72 cidades e a enquete tem margem de erro de três pontos porcentuais, para mais ou menos.

(Com Estadão Conteúdo)

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