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Sonda Rosetta pode testemunhar ‘fogos de artifício’ de cometa em sua maior aproximação do Sol

A posição, que será atingida nesta quarta-feira (12) pelo cometa onde pousou o robô Philae, levado pela sonda Rosetta, deve ter explosões de gás que irão revelar mais detalhes sobre o interior e composição do 67P/Churyumov-Gerasimenko

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h02 - Publicado em 12 ago 2015, 19h38

O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko chegará ao ponto mais próximo do Sol nesta quarta-feira (12), em um momento chave para a ciência. Ao se aproximar de sua estrela, o cometa, que recebeu a sonda Philae, entregue pela sonda Rosetta no pouso histórico de novembro do ano passado, irá revelar mais sobre seu interior e composição, já que partes do núcleo e da superfície podem ser vaporizados e explodir em algo que os astrônomos estão chamando de “fogos de artifício cósmicos”.

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O periélio, nome científico para a posição mais perto do Sol, será alcançado às 23h (horário de Brasília), enquanto o cometa viaja a 120 000 quilômetros por hora. Ele estará a 186 milhões de quilômetros da estrela, o que deve ser o suficiente para o calor provoque jatos de gás poderosos que serão capturados pela sonda Rosetta, que orbita o cometa a cerca de 300 quilômetros. Imagens e análises serão feitos pelos instrumentos da sonda, que enviará os dados a Terra logo após a aproximação.

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Fogos de artifício – De acordo com os astrônomos, o cenário mais emocionante – e também pouco provável – é que o “pescoço” do cometa se quebre. Há uma rachadura na parte mais fina do cometa que pode ser agravada pela exposição à luz solar.

“Este seria realmente o Santo Graal… ver o interior do cometa”, afirmou Mark McCaughrean, assessor científico da Agência Espacial Europeia (ESA), à Agência France Presse.

Há duas semanas, uma violenta explosão sacudiu o 67P, com um jato de gás que saiu do “pescoço” e durou alguns minutos. A rajada foi registrada por Rosetta, que estava a 186 quilômetros da superfície do 67P, e identificou importantes modificações na estrutura e composição ao seu redor. Foi a explosão mais brilhante que os cientistas já viram durante toda a missão.

Para os astrônomos, acompanhar toda a trajetória do cometa – que, após o periélio, se afastará do Sol em uma órbita elíptica – é importante porque as características químicas e físicas podem ser fortemente alteradas pela iluminação solar. Diversos estudos foram publicados desde o início do ano detalhando a superfície, interior e composição do cometa. Algumas moléculas orgânicas foram encontradas, mas, de acordo com os cientistas, elas podem ser modificadas pela atividade cósmica a que o 67P será submetido.

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Segundo algumas teorias, os cometas podem ter sido os responsáveis por trazer a água ou até mesmo vida à Terra. Um dos principais objetivos da missão Rosetta era verificar a composição do gelo que forma o 67P, pra ver se corresponde à composição de isótopos da água de nosso planeta. Um estudo publicado em dezembro do ano passado na Science mostrou que a água do cometa é diferente da existente em nosso planeta.

Contudo, os cometas são um objeto de estudo importante por serem considerados “restos” da formação do Sistema Solar que continuam vagando pelo Universo. A composição química desses corpos celestes proporciona informações cruciais sobre a matéria presente nos primeiros instantes de nossa galáxia, cujo estudo tem grande importância do ponto de vista geológico, pois apresenta algumas das chaves para se entender como aconteceu sua formação.

(Da redação)

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