Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Sistema imunológico de ratos “infiéis” é mais forte do que o de animais comportados, diz estudo

Comportamento social pode levar a mudanças na evolução de espécie

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h27 - Publicado em 31 ago 2012, 21h10

“Trair compensa” e “o que não mata fortalece” parecem ser os lemas do rato-veadeiro, uma espécie bastante promíscua de roedor (Peromyscus maniculatus) que vive nos Estados Unidos e nunca escolhe ter um relacionamento monogâmico. Cientistas descobriram que esse pequeno animal infiel tem um sistema imunológico muito mais robusto e eficiente que o do roedor da Califórnia (Peromyscus californicus), que tem o hábito de manter relacionamentos monogâmicos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Is Promiscuity Associated with Enhanced Selection on MHC-DQα in Mice (genus Peromyscus)?

Onde foi divulgada: PLoS One

Quem fez: Matthew D. MacManes e Eileen A. Lacey

Continua após a publicidade

Instituição: Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul

Dados de amostragem: 40 espécimes de ratos-veadeiros e ratos da Califórnia

Resultado: Estilo de vida dos ratos teve um impacto direto sobre seus genes e nas comunidades de bactérias que vivem em seu interior

Os pesquisadores analisaram os dados de DNA e amostras das duas espécies em supercomputadores e concluíram que os estilos de vida dos ratos tiveram um impacto direto sobre as comunidades de bactérias que vivem no interior das fêmeas.

Continua após a publicidade

Maior proteção – Segundo Matthew MacManes, um dos autores do estudo e pesquisador do Centro Nacional de Saúde dos EUA, a análise revelou uma diversidade duas vezes maior de bactérias no rato-veadeiro em relação ao seu parente comportado. Segundo o estudo, esse número maior de bactérias acabou influenciando uma variedade maior de genes ligados ao sistema imunológico no rato-veadeiro, o que favoreceu uma melhor proteção contra doenças. Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico PLoS One.

MacManes afirma que os cientistas levantaram a hipótese de que as pressões seletivas causadas geração após geração de guerra bacteriana fortificaram o genoma do rato-veadeiro. “Os ratos promíscuos, em virtude do seu comportamento sexual, são mais expostos a bactérias. Eles precisam de um sistema imunológico mais robusto para se defender de todas as doenças a que estão expostos”, disse MacManes.

Segundo os cientistas, a monogamia é uma característica rara em mamíferos, um comportamento adotado por apenas 5% das espécies.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.