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Se ETs existissem, como seriam? Estudo traz pistas evolutivas

Segundo pesquisadores, a vida extraterrestre teria uma complexa organização celular, assim como os humanos, e estaria sob influência da seleção natural

Por Da redação
Atualizado em 3 nov 2017, 13h13 - Publicado em 3 nov 2017, 11h14

A imagem que temos de extraterrestres pelo que aparece nos filmes é, normalmente, de criaturinhas verdes e assustadoras, muito diferentes de qualquer ser vivo que vemos aqui na Terra. Mas a vida fora do nosso planeta – se existir, em algum canto distante do cosmos – pode ser muito mais parecida com nós, humanos, do que a ficção científica imagina. É o que sugere um estudo divulgado nesta quarta-feira no periódico International Journal of Astrobiology, que busca pistas na clássica Teoria da Evolução de Charles Darwin para desvendar qual seria o aspecto dos nossos misteriosos vizinhos alienígenas.

Para os estudiosos, a vida fora da Terra está submetida aos mesmos processos e mecanismos que moldaram os seres humanos, como a seleção natural. Por isso, assim como as espécies terrestres, eles estariam evoluindo para se tornarem mais fortes e resistentes ao longo do tempo. “Em nosso artigo, oferecemos uma abordagem alternativa, que é usar a teoria evolutiva para fazer previsões que são independentes dos detalhes específicos da Terra”, afirma em comunicado o autor do estudo, Sam Levin, professor no Departamento de Zoologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido. “Esta é uma abordagem útil, porque as previsões teóricas podem ser aplicadas a extraterrestres que vivem a base de silício, não possuem DNA e respiram nitrogênio, por exemplo.”

A seleção natural, base para a teoria de Darwin, é um mecanismo por meio do qual os indivíduos com características “mais vantajosas”, do ponto de vista da sobrevivência, conseguiriam se adaptar melhor ao meio e resistir, transmitindo seus genes diferenciados às gerações seguintes. Os “menos aptos”, por sua vez, morreriam, deixando apenas os indivíduos com características naturalmente selecionadas. Assim, a espécie se modificaria longo do tempo, conforme as condições ambientais, disposição de alimento e mutações às quais está submetida.

“Ao prever que alienígenas passaram por grandes transições – que foi como a vida complexa surgiu em espécies na Terra –, podemos dizer que existe um nível de previsibilidade para a evolução que faria com que eles se pareçam conosco”, diz Levin.

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As “grandes transições” citadas pelo pesquisador são, grosso modo, eventos variados que ocorrem quando grupos separados de organismos se desenvolvem e evoluem para um outro nível – como quando indivíduos unicelulares se tornam multicelulares. Levin e sua equipe acreditam que, assim como nós, provavelmente, os ETs são seres com uma organização celular complexa.

Criaturas verdes

Segundo Levin, o estudo não está afirmando que os estereótipos criados para o que seria um organismo extraterrestre são verdade. “Ainda não podemos dizer se alienígenas caminham em duas pernas ou têm grandes olhos verdes. Mas acreditamos que a teoria evolutiva oferece uma ferramenta adicional única para tentar entender como são os alienígenas e mostramos alguns exemplos dos tipos de fortes previsões que podemos fazer com ela [a teoria]”, esclarece. Os cientistas traduzem seus exemplos em imagens, como a que está em destaque nesta matéria, e mostra como seria uma molécula, uma célula e um organismo alienígena.

“Assim como os seres humanos, prevemos que [os ETs] são constituídos por uma hierarquia de entidades, que cooperam para produzir um organismo alienígena. Em cada nível do organismo, haverá mecanismos para eliminar conflitos, manter a cooperação e fazer com que o organismo continue funcionando”, explica o pesquisador. “Existem potencialmente centenas de milhares de planetas habitáveis ​ só na nossa galáxia. Não podemos dizer se estamos ou não sozinhos, mas demos um pequeno passo na resposta, revelando, se não estivermos sozinhos, como são os nossos vizinhos.”

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