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Rosto de homem morto há 1.400 anos é refeito – e resultado agrada

Morto brutalmente, o homem teve a face reconstruída em 3D por cientistas. Imagem fez sucesso em redes sociais por usuários que o consideraram “belo”

Por Da redação
Atualizado em 22 fev 2017, 18h26 - Publicado em 21 fev 2017, 20h34

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Dundee, no Reino Unido, reconstruiu o rosto de um homem escocês assassinado há 1.400 anos. O esqueleto foi descoberto em uma caverna na península de Ilha Negra, na Escócia. Quando os arqueólogos o encontraram, estava enterrado de pernas cruzadas e grandes pedras prendiam seus braços e pernas. Seu crânio apresentava ao menos cinco marcas de impactos, que indicavam uma morte brutal. Por meio de um trabalho de reconstrução facial utilizando técnicas em 3D, os cientistas produziram imagens de como ele seria vivo – e as fotos circularam nas redes sociais nesta segunda-feira, fazendo sucesso entre usuários que acharam o homem “bonito”. Outros fizeram piada com a notícia, rendendo apelidos como “defunto gato”.

A datação feita pela equipe de pesquisadores sugere que o homem tenha sido assassinado entre 430 e 630 d.C., período de dominação do povo Picto na Escócia. Estudando o esqueleto e outros objetos encontrados na caverna, os pesquisadores esperam compreender como esses antigos grupos viviam e qual é a importância arqueológica e histórica daqueles espaços em sua cultura.

“Aqui nós temos um homem que foi assassinado de maneira brutal, mas foi enterrado na caverna com certa consideração, deitado para cima dentro de uma alcova escura prensada por pedras”, afirma em comunicado Steven Birch, que liderou as escavações. “Enquanto não sabemos por que ele foi morto, a localização dos seus restos nos dá informações sobre cultura daqueles que o enterraram.” O arqueólogo diz que os motivos que levaram ao assassinato podem ser vários, incluindo conflito entre pessoas ou até um ritual de sacrifício.

Jovem atraente

Para descobrir como era a aparência do homem quando ele estava vivo, os cientistas utilizaram um programa que reconstrói o rosto camada a camada, incluindo músculos e pele, a partir de fotos digitalizadas do esqueleto. Após a reconstituição, a equipe ficou impressionada com imagem, que revelou um homem jovem de cabelos longos e ondulados, uma barba grossa e manchas suaves no rosto. As fotos circularam pelas redes sociais e alguns usuários ainda o descreveram como “atraente”.

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Esqueleto
O esqueleto encontrado pela equipe de pesquisadores estava com as pernas cruzadas (Rosemarkie Caves Project/Reprodução)

“Este é um esqueleto fascinante em um estado notável de preservação, que tem sido habilmente recuperado”, diz Dame Sue Black, antropóloga forense e professora da Universidade de Dundee. “Ao estudar seus restos, aprendemos um pouco sobre sua curta vida, mas muito mais sobre sua morte violenta.”

O homem sofreu ao menos cinco impactos no crânio. De acordo com os cientistas, o primeiro golpe atingiu sua boca do lado direito, quebrando um dente. O segundo quebrou sua mandíbula do lado esquerdo, fazendo-o cair em um objeto duro, provavelmente uma pedra, e resultando em uma terceira fratura. O quarto impacto atravessou o crânio de um lado para o outro e o quinto, que deixou o maior buraco, atingiu bem o topo da cabeça.

O esqueleto foi descoberto quando uma equipe de voluntários estava realizando escavações para determinar há quanto tempo a caverna havia sido ocupada. Debaixo das camadas criadas por usos posteriores, principalmente na virada do século XX, eles encontraram evidências de que o espaço era utilizado para ferraria durante o período Picto. Outros testes de escavações recentes têm mostrado que as cavernas foram ocupadas, ou ao menos utilizadas de alguma forma, entre 1.500 e 2.000 anos atrás.

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