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Robô Curiosity completa um ano em Marte

Nesse período, a sonda ajudou a encontrar evidências de vida anterior no planeta vermelho e a abrir caminho para uma futura missão tripulada

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h18 - Publicado em 6 ago 2013, 17h34

O robô Curiosity completa, nesta terça-feira, um ano de exploração em Marte. O veículo, que pesa cerca de uma tonelada, coletou e enviou à Terra informações importantes sobre o planeta, ajudando a abrir caminho para uma viagem tripulada a Marte, que está nos planos da Nasa para 2030. De acordo com a agência espacial americana, a sonda atingiu seu principal objetivo: fornecer evidências de que o planeta já teve condições para sustentar a vida.

“Os êxitos do Curiosity – o pouso dramático um ano atrás e as descobertas científicas desde então – nos fazem avançar para novas explorações, inclusive com o envio de humanos para um asteroide e para Marte”, disse o administrador da Nasa, Charles Bolden. “As marcas de pneus vão abrir o caminho para as marcas de botas no futuro”, completou.

Curiosity em números

Em um ano na supercífície de Marte…

  1. • Mais de 190 Gigabytes de dados foram enviados à Terra – o equivalente ao espaço de armazenamento de mais de 40 DVDs
  2. • A sonda obteve mais de 36.700 imagens completas e 35.000 em miniatura
  3. • Foram disparados mais de 75.000 jatos de laser, em 2.000 alvos diferentes
  4. 1,6 quilômetro percorrido

Um ano atrás, após oito meses de viagem interplanetária, o grande desafio era fazer com que o robô vencesse a complicada sequência de pouso na superfície do planeta, batizada pelos engenheiros da Nasa com o nada otimista nome de “sete minutos de terror.

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Felizmente, tudo ocorreu conforme o planejamento. Um gigantesco paraquedas foi ativado quando a cápsula estava a cerca de 11.000 metros de altura para frear a descida – meses mais tarde, o paraquedas foi observado sendo movido pelo vento marciano. A aproximadamente 20 metros do solo, um guindaste desceu o Curiosity, que abriu seis “patas” com rodas e iniciou a exploração de Marte.

“Cratera Gale, aqui estou”, foi a primeira mensagem enviada pelo robô, a 248 milhões de quilômetros de distância, em uma missão com um orçamento de 2,5 bilhões de dólares (equivalente a 5,8 bilhões de reais). A natureza complexa do pouso demonstrou que é possível transportar com sucesso cargas maiores até o planeta – algo que é visto como um dos maiores desafios tecnológicos de uma missão tripulada.

Vida em Marte – Em 12 meses, o robô descobriu um antigo leito de curso de água e recolheu amostras de solo e atmosfera suficientes para que os cientistas concluíssem que possa ter havido vida em Marte há bilhões de anos. A sonda mediu os níveis de radiação natural durante a viagem até Marte e em sua superfície, o que vai ajudar no planejamento de futuras missões tripuladas ao planeta.

Depois de percorrer 1,6 quilômetro, o próximo destino do Curiosity é o Monte Sharp, uma montanha com cerca de cinco quilômetros e meio de altura, formada por camadas de sedimentos, onde a Nasa espera encontrar mais pistas sobre a composição do planeta vermelho.

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Os pesquisadores são otimistas, e afirmam que há possibilidades de que a sonda encontre sinais definitivos da existência anterior de vida em Marte no próximo ano. Apesar disso, Michael Meyer, cientista-chefe do Programa de Exploração Marte da Nasa, afirma que uma confirmação em relação à vida no planeta vermelho exigiria outra missão.

A Nasa planeja enviar um segundo veículo-robô a Marte em 2020, o “Curiosity 2”. Enquanto isso, o robô euro-russo ExoMars, um veículo que também buscará evidências de vida marciana, tem lançamento previsto para 2018.

Parabéns – Em comemoração ao aniversário de um ano do robô, os cientistas na Nasa o fizeram “cantar” Parabéns a você na superfície de Marte. Os pesquisadores programaram as vibrações utilizadas para fazer com que as amostras de solo recolhidas pelo robô “caiam” em seu interior para que soassem como as notas da canção – a celebração, porém, não faria muito sentido para um morador do planeta vermelho, uma vez que um ano marciano tem duração de 686,98 dias da Terra.

(Com agências France-Presse e Efe)

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