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Réptil marinho pré-histórico tinha gestação igual a de baleias e golfinhos

Cientistas encontram evidências de que os plesiossauros eram vivíparos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h03 - Publicado em 11 ago 2011, 21h41

Cientistas acreditam ter encontrado provas de que a gestação das fêmeas do plesiossauro – réptil marinho que viveu há quase 80 milhões de anos – durava até a maturidade dos embriões, e o nascimento de seus filhotes era como o das baleias e golfinhos, segundo um artigo publicado nesta quinta-feira pela revista Science.

A prova está no fóssil de Poly, como foi apelidada a Polycotilus latippinus de 4,70 metros de comprimento, um dos répteis gigantes, carnívoros e com quatro nadadeiras exibidos na Sala de Dinossauros do Museu de História Natural em Los Angeles (Califórnia). Os restos do réptil marinho que viveu durante a Era Mesozoica (entre 251 milhões e 65 milhões de anos atrás) contêm o fóssil de um embrião que mostra grande parte do corpo em desenvolvimento, inclusive as costelas, 20 vértebras e os ossos de ombros, quadris e nadadeiras.

O estudo foi realizado pelo cientista Robin O’Keefe, da Universidade Marshall na Virgínia Ocidental, e pelo diretor do Instituto de Dinossauros do museu de Los Angeles, Luis Chiappe, paleontólogo famoso pelas polêmicas que levantou com suas teorias sobre a origem das aves. O’Keefe e Chiappe sustentam que o fóssil e seu embrião são a primeira mostra de que os plesiossauros pariam seus filhotes como os mamíferos marinhos atuais, e não deixavam ovos na terra. Eram, portanto, vivíparos, como são chamados os animais cujo embrião se desenvolve dentro da mãe.

Reprodução do extinto réptil Plesiossauro dando a luz ()
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Embora o nascimento de filhotes já desenvolvidos tenha sido documentado em outros vários grupos de répteis aquáticos da Era Mesozoica, até agora não haviam sido encontrados indícios de que isso teria ocorrido na ordem dos plesiossauros.

Chiappe e O’Keefe vão além e defendem que os plesiossauros foram únicos entre os répteis aquáticos porque davam nascimento a um único filhote, grande, e que podem ter formado grupos sociais para cuidar de seus filhotes.

“Os cientistas acreditaram por muito tempo que os plesiossauros não tinham muita aptidão para sair à terra e depositar seus ovos em um ninho”, indicou O’Keefe. “Por isso, a falta de provas de que filhotes de plesiossauros nasciam na água foi causa de confusão”.

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Segundo O’Keefe e Chiappe, o fóssil que se exibe em Los Angeles “documenta o nascimento vivo dos plesiossauros pela primeira vez e, dessa maneira, finalmente resolve o mistério”.

O embrião, acrescentaram os pesquisadores, é muito grande em comparação com a mãe, e muito maior que o que poderia se esperar sobre a base da comparação com outros répteis.

“Muitos dos animais que vivem hoje dão nascimento a filhotes grandes, únicos, e têm cuidado maternal”, assinalou O’Keefe. “Nós achamos que os plesiossauros podem ter tido comportamento similar, o que faria com que suas vidas sociais fossem mais parecidas às dos golfinhos modernos que às de outros répteis”.

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(Com Agência EFE)

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