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Qual o segredo da felicidade dos islandeses? A água

As piscinas naturalmente aquecidas do país se tornaram pontos de encontro para socializar e conhecer pessoas; quase todos os bairros têm a sua

Por Da redação
20 mar 2017, 15h12

Os moradores da Islândia têm um pequeno segredo que faz da nação a terceira no ranking de felicidade mundial: as incríveis piscinas de águas geotermais do país. Mesmo sendo uma região com invernos que podem durar até dez meses, em que as temperaturas ficam abaixo de cinco graus negativos e a luz do dia dura poucas horas, os islandeses fizeram das piscinas pontos de encontro que estão em quase todos os bairros. Nelas, eles conversam, encontram amigos, conhecem pessoas e socializam, atividades que, segundo os cientistas, são a chave para a felicidade dos cidadãos mesmo com o frio intenso.

Valdimar Hafstein, pesquisador da Universidade da Islândia, diz que frequentar as piscinas aquecidas já se tornou parte da cultura do país e da vida pública. “É considerado mais ou menos um direito civil ter uma dessas piscinas a alguns passos da sua casa”, disse, em entrevista à CNN.  “Se você pensar em saúde e bem-estar como sendo não apenas uma questão de saúde física e estar livre de doenças, mas também aspectos sociais e mentais, acredito que o calor geotermal e as piscinas públicas têm muito a ver com isso.”

Países mais felizes do mundo

Apesar do clima, a Islândia é considerada um dos três países mais felizes do mundo, atrás apenas da Noruega e da Dinamarca, de acordo com relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira, data escolhida como o Dia Internacional da Felicidade. Segundo Hafstein, as águas geotermais têm um peso importante para isso. “Nós nos sentimos bem ali. Conhecemos nossos vizinhos, porque os encontramos nas piscinas. Isso causa um bem-estar, você se sente em casa”, afirma.

Com uma população de 332.000 pessoas, a maioria vivendo próxima à capital Reykjavik, os islandeses raramente saem de casa durante o inverno. Porém, quando saem, costumam passar boa parte do dia em uma das várias piscinas aquecidas que estão espalhadas pelo território nacional. A mais conhecida, Blue Lagoon, geralmente atrai turistas – moradores locais costumam frequentar as que são próximas dos seus bairros.

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Entre 1950 e 1960, a Islândia passou a produzir energia a partir do calor das suas fontes geotermais, aproveitando a atividade vulcânica da ilha e praticamente banindo o uso do carvão mineral para essa finalidade. A estrutura construída para fazer essa transição permitiu a formação de piscinas públicas. De acordo com Hafstein, desde então os islandeses têm quebrado barreiras sociais. Nesses espaços de socialização, eles convivem com pessoas de todas as classes sociais.

Há, no entanto, algumas regras para utilizar as piscinas públicas. As pessoas devem evitar discutir assuntos muito pessoais, cumprimentar-se apenas com um aceno de cabeça e tomar uma ducha antes e depois de entrar nas águas geotermais. Os islandeses são muito rigorosos quanto à higiene das piscinas.

Hafstein conta que costuma encontrar seus colegas em uma das piscinas públicas todas as segundas-feiras às 7 horas, antes de ir ao trabalho. Eles entram nas águas geotermais e relaxam por alguns minutos, conversando sobre a vida.

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