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PF apreende pássaros de traficante que já contrabandeou 359 aves

Ação aconteceu nas cidades de São Bernardo do Campo, Diadema e São Paulo e identificou seis criminosos que trabalhavam juntos

Por Jennifer Ann Thomas
Atualizado em 15 set 2016, 19h31 - Publicado em 15 set 2016, 19h31

Para um traficante de animais (e de tantos outros produtos ilícitos no Brasil), a certeza da impunidade é o que o motiva a cometer o mesmo crime mais de uma vez. Essa é a tese que se comprovou, de novo, na manhã desta quinta-feira, quando a Polícia Federal em São Paulo apreendeu 33 pássaros que foram encontrados com seis criminosos em diferentes pontos da região metropolitana de São Paulo. O principal traficante do grupo, cujo nome não foi divulgado, já foi autuado em outras duas ocasiões – em maio de 2015, com 144 pássaros, e em outubro do mesmo ano, com 215 aves. A partir do criminoso, a Polícia Federal conseguiu chegar aos outros integrantes do esquema. Não há registros de que eles tenham sido condenados, nem mesmo por ações passadas.

O inquérito policial aponta que os animais foram capturados na natureza e revendidos a criadores que atuavam de maneira ilegal, pois a captura e o comércio de animais retirados da fauna brasileira são atividades proibidas. Os pássaros foram mantidos em condições precárias e sem nenhum controle dos órgãos de fiscalização. Os investigados responderão pelos crimes de tráfico de animais silvestres e maus-tratos a animais, ambos previstos na lei de crimes ambientais. Por serem considerados de menor potencial ofensivo, com até um ano de prisão, os responsáveis pelos animais não foram presos no flagrante.

Segundo o advogado especialista em direito ambiental Jair Jaloreto, o problema não está no tamanho da pena, mas sim na certeza da falta de punição. “A lei tem que ser aplicada severamente. Se fosse levada a efeito, mesmo que com serviços à comunidade ou prisão de seis meses, a legislação seria levada mais a sério. O problema é que há falhas processuais que permitem a impunidade, o que leva os criminosos a reincidir”, disse Jaloreto.

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Entre os 33 pássaros resgatados, foram identificadas as seguintes espécies: pitangol, papagaio, coleirinha, papa-capim, curió, canário-da-terra, picharro, sabiá-laranjeira, sabiá-poca, pomba-de-coleira, trinca-ferro e até mesmo o bicudo, que é ameaçado de extinção. Os pássaros foram encaminhados ao Centro de Recuperação de Animais Silvestres, do Parque Ecológico do Tietê, para receberem tratamento para as lesões e serem devolvidos à natureza.

 

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