Pesquisadores descobrem cidade e cemitério de mais de 7 mil anos
Arqueólogos encontraram no Egito restos de cerâmica, ferramentas de ferro, além de quinze túmulos em Sohag, província do sul do país
Arqueólogos descobriram uma antiga cidade e um cemitério egípcio de mais de 7.000 anos, próximo ao templo do faraó Seti I, em Abidos, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério das Antiguidades do Egito.
A cidade, que data de 5.316 a.C, provavelmente abrigava autoridades de alto escalão e construtores de túmulos. A descoberta, que foi feita a 400 metros do templo de Seti I, pode trazer mais informações sobre Abidos, uma das cidades mais antigas do país e que foi a capital do Antigo Egito perto do final do Período Pré-dinástico (antes de 3.100 a.C) e durante o governo das quatro primeiras dinastias. Os arqueólogos também encontraram cabanas, restos de cerâmica e ferramentas de pedra.
Mastaba
Os pesquisadores descobriram quinze túmulos enormes, as mastabas (casa eterna, em português). Faraós ou nobres da época eram enterrados neste tipo de cova, que é parecida com a base de uma pirâmide, mas sem o topo da edificação antiga. Foi a primeira vez esse tipo de construção foi encontrada perto da cidade de Abidos.
“Em alguns casos, o tamanho dos túmulos descobertos no cemitério é maior do que dos túmulos em Abidos, que datam da Primeira Dinastia, o que prova a importância das pessoas enterradas ali e sua posição social elevada durante esta era inicial da história do Egito Antigo”, afirmou o porta-voz do Ministério das Antiguidades.
As primeiras aparições de sepulcros construídos em forma de mastaba foi na Primeira Dinastia. A principal necrópole foi a antiga cidade de Mênfis, hoje sítio arqueológico de Saqqarah, perto de Cairo. Nela há importantes mastabas, como de Chepseskaf, o último faraó da quarta dinastia.
(Com Agência Reuters)