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Outono começa nesta terça-feira; veja como fica o clima no país

A expectativa é de uma estação menos fria e mais úmida do que o normal para quase todo o Brasil; exceção é a costa do Nordeste, que terá pouca chuva

Por Leticia Fuentes 20 mar 2018, 15h52

O verão dá lugar para o equinócio de outono no Hemisfério Sul a partir desta terça-feira. A estação deve se estender até 21 de junho, provocando quedas de temperatura e diminuição gradual da chuva em todo o país. Ainda assim, em 2018, o clima deve ficar menos frio e mais úmido do que os anos anteriores, segundo estimativa do Climatempo.

“Vamos começar a sentir as quedas mais acentuadas de temperatura só no final de abril ou começo de maio”, diz a meteorologista Josélia Pegorim, do Climatempo. Como a estação é uma transição entre o verão, mais quente e úmido, e o inverno, mais frio e seco, as próximas semanas devem continuar com calor intenso e sensação de abafamento, devido à alta umidade. “É um outono que vai demorar mais para esfriar.”

Essa previsão vale para toda a região Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país. Uma massa de ar polar vai entrar pelo Rio Grande do Sul, onde algumas quedas de temperatura já devem ser sentidas, mas bem levemente. Nenhuma mudança drástica deve ser sentida até o fim de abril.

Josélia diz, ainda, que os estados da região devem ter mais chuva do que o comum nessa época do ano. Ainda assim, o volume será menor do que no verão, que já apresentou pouca precipitação em comparação com outros anos.

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“Os reservatórios de água, no geral, estão bem abaixo do nível desejável. O sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento em São Paulo, terminou o verão no sinal amarelo, com apenas 54% de sua capacidade, quando o normal seria entre 70% e 80%”, diz. “Deve chover no outono, mas não será suficiente para repor tudo isso. Por isso, precisamos ficar alertas.”

Em alguns estados do Norte, como Acre, Rondônia e parte do Amazonas, pode ser que ocorra o fenômeno de friagem, em que a passagem de uma massa de ar polar acaba provocando uma queda nas temperaturas.

Para a costa leste e norte do Nordeste, onde o outono costuma ser uma época de muita chuva por causa das mudanças na circulação dos ventos que chegam a essa região, Josélia diz que o nível de precipitação deve ser menor do que anos anteriores.

“É uma preocupação que essas regiões não tenham tanta chuva este ano, porque, normalmente, é uma época muito chuvosa e essa mudança pode afetar a agricultura. Pode ser que tenha alguns eventos de chuva forte, mas, no geral, deve chover menos do que a média”, afirma.

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A meteorologista diz que as mudanças são influenciadas pelo aquecimento que vem sendo observado na porção oeste do Oceano Pacífico, próximo ao Peru. “Estamos caminhando para uma situação de neutralidade”, afirma, esclarecendo que este outono não deve ser influenciado por nenhum fenômeno meteorológico, como El Niño (aquecimento anormal do Pacífico) ou La Niña (resfriamento dessas mesmas águas).

Equinócio

O início do outono coincide com a fase de equinócio da trajetória da Terra, um momento em que, devido à sua posição em relação ao Sol, os Hemisférios Norte e Sul do planeta recebem igual quantidade de luz e, por isso, têm dias que duram a mesma quantidade de horas do que as noites. Enquanto aqui é outono, nos países da porção norte do globo é primavera.

Como este outono deve ser mais úmido do que o normal, Josélia afirma que devemos observar menos eventos críticos de ar seco e poluição excessiva, que são característicos dessa época do ano e podem ser prejudiciais para a saúde humana.

Além disso, os solos mais molhados devem evitar o alastramento de queimadas e a umidade do ar deve facilitar o aparecimento de neve em algumas regiões do Rio Grande do Sul em junho, uma vez que esse fenômeno costuma acontecer em episódios de frio intenso e alta umidade. Até lá, em maio, pode ser que ocorram dias de geada no Sul, afirma Josélia.

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Para São Paulo, os termômetros só devem começar a marcar temperaturas abaixo dos 10ºC na segunda quinzena de junho, perto do começo do inverno.

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