Ônibus espacial Discovery conclui sua última missão
Depois de 27 anos de serviço, espaçonave vai virar peça de museu
O ônibus espacial Discovery aterrissou pela última vez nesta quarta-feira, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA), às 13h57 (horário de Brasília). O pouso marca o fim da 133º missão dos ônibus espaciais americanos e 39ª do Discovery, a espaçonave mais utilizada pela Nasa para levar astronautas e equipamentos ao espaço.
Discovery é considerado uma espécie de amuleto da Nasa. A agência espacial utilizou o ônibus para retomar o programa espacial depois do acidente com o Challenger, em 1986, e com o Columbia, em 2003. Em 1990 o Discovery colocou em órbita o famoso telescópio Hubble, que dias depois já mostrava ao mundo galáxias invisíveis aos telescópios comuns.
A nave foi a que mais tempo passou no espaço, totalizando 365 dias em órbita. Foi o último orbitador a se acoplar na estação espacial russa Mir, em 1998. Depois disso, foi a responsável pelo início da construção da estação espacial internacional (ISS).
Em sua última missão, transportou seis astronautas americanos para a instalação do módulo de carga multifuncional Leonardo, projetado para ser anexado de forma permanente à ISS, facilitando a realização de experimentos científicos. O Discovery também levou em seu compartimento de carga o Robonaut 2, o primeiro robô humanoide enviado ao espaço, que se converteu em hóspede permanente do posto orbital e ajudará os astronautas em suas tarefas.
Museu – O destino do Discovery agora é o Museu Smithsonian, onde substituirá o Enterprise, primeiro ônibus espacial americano. Os últimos dois ônibus espaciais em atividade também devem encerrar sua carreira este ano: o Endeavour, em abril, e o Atlantis, em junho.
Confira as missões e conquistas mais importantes do Discovery: