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OCDE adverte que pressões sobre meio ambiente podem comprometer padrão de vida

Por Ed Jones
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h42 - Publicado em 15 mar 2012, 17h04

As pressões sobre o ecossistema da Terra são agora tão grandes que as gerações futuras podem ser condenadas a sofrer perdas em seu padrão de vida, alertou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em um relatório que lança um olhar para como estará o mundo em meados deste século.

“Abastecer dois bilhões de pessoas a mais em 2050 e melhorar os padrões de vida para todos desafiarão nossa habilidade para gerenciar e restaurar os recursos naturais dos quais toda forma de vida depende”, destacou o documento, intitulado ‘Previsões Ambientais da OCDE para 2050’ (OECD Environmental Outlook, no original em inglês).

“O fracasso em fazê-lo terá sérias consequências, especialmente para os pobres, e acabará minando o crescimento e o desenvolvimento humano das gerações futuras”, continuou.

O estudo se baseia em previsões anteriores feitas até 2030, concentradas nas mudanças climáticas, na biodiversidade e nos impactos da poluição para a saúde.

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“As previsões são mais alarmantes do que a situação descrita na edição anterior”, afirmou, falando de “mudanças irreversíveis que poderiam ameaçar dois séculos de melhoria do padrão de vida”.

O relatório destacou os seguintes pontos:

– MUDANÇAS CLIMÁTICAS: as emissões de carbono derivadas da geração de energia devem aumentar 70% até 2050, “encerrando” uma potência de mudança climática mais intensa. Segundo as tendências atuais, a temperatura média da Terra será de 3 a 6 graus Celsius mais alta do que em épocas pré-industriais, em comparação com o objetivo de 2ºC, estabelecida pelas Nações Unidas.

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Respeitar a meta de 2ºC custaria, em média, apenas 0,2 ponto percentual em termos de crescimento econômico ao ano, se o processo for iniciado hoje.

“Isso perde a importância diante do custo potencial da inação, que pode ser de 14%, em média, do consumo mundial, segundo algumas estimativas”, alertou a OCDE.

De fato, as estimativas anteriores do custo de agir contra as mudanças climáticas podem estar superestimadas, uma vez que desconsideram benefícios na geração de empregos e nas novas tecnologias, destacou o estudo.

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– BIODIVERSIDADE: a perda de espécies deve continuar, especialmente em Ásia, Europa e África austral.

Segundo um estudo científico de referência, a diversidade das espécies terrestres deve cair 10% até 2050, em comparação com os níveis atuais. Cerca de um terço da diversidade de espécies de água doce já foi perdida.

“A tendência atual de declínio da biodiversidade representa uma ameaça ao bem-estar humano e custará muito caro”, alertou o relatório. “A perda agregada de biodiversidade e dos benefícios associados aos serviços ambientais com a perda global das florestas, por exemplo, é calculada entre US$ 2 trilhões e US$ 5 trilhões ao ano”, continuou.

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– SAÚDE: Nenhum país está livre de uma intensificação dos problemas de contaminação do ar, segundo os cenários da OCDE. Os níveis em algumas cidades, particularmente na Ásia, já superam, de longe, os limites de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Com as emissões crescentes do transporte e das indústrias, o número total de mortes prematuras relacionadas com a questão dos particulados transportados por via aérea deverá dobrar para 3,6 milhões ao ano, com o maior número de mortes ocorrendo na China e na Índia”, destacou.

Mas os países ricos também serão afetados. O ozônio troposférico – que irrita o sistema respiratório, resultante da reação química da fumaça com a luz do sol – será um risco para suas populações urbanas e em processo de envelhecimento.

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O relatório retomou os apelos por uma mudança de política. Poluir deveria se tornar mais caro e os subsídios aos combustíveis fósseis, danosos ao meio ambiente, deveriam ser reduzidos.

Ao contrário, as riquezas naturais deveriam ser valoradas monetariamente de forma que seu real valor seja apreciado.

“Avanços com base em implementações ou reformas feitas ao cenário atual nas próximas décadas não serão suficientes”, acrescentou.

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