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Nobel de Física premia dupla que comprovou massa dos neutrinos

O japonês Takaaki Kajita e o canadense Arthur B. McDonald receberam o reconhecimento pela descoberta das oscilações do neutrinos, partículas elementares da matéria, o que demonstra que têm massa. O conhecimento é crucial para a compreensão do universo.

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h01 - Publicado em 6 out 2015, 07h12

O Nobel de Física de 2015 premiou nesta terça-feira (6) dois pesquisadores que descobriram que os neutrinos, partículas elementares da matéria, têm oscilações, o que demonstra que eles têm massa. O japonês Takaaki Kajita, pesquisador da Universidade de Tóquio, e o canadense Arthur B. McDonald, cientista da Universidade Queen’s, receberam o reconhecimento por suas contribuições para o conhecimento sobre a maneira como a matéria se comporta, “descoberta que pode se provar crucial para nossa visão do universo”, informou a Academia Real Sueca de Ciências em nota, ao anunciar os vencedores do prêmio de 8 milhões de coroas suecas (equivalente a 962.000 dólares).

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De acordo com o comitê que concede o prêmio, os dois pesquisadores trabalharam em experimentos importantes com essas partículas subatômicas (como o elétron e o próton), sem carga elétrica (como o nêutron) e, por isso, muito difíceis de capturar. Produzidos em grandes reações cósmicas, como reações nucleares dentro do Sol, os neutrinos são a segunda partícula mais abundante no Universo (as primeiras são os fótons).

“Mudança de identidade” – Apesar disso, durante muitos anos, os neutrinos foram vistos como a substância mais esquiva do cosmos – acreditou-se durante algum tempo que não possuíam massa, o que lhe deu a alcunha de partículas “fantasmas”. Isso acontecia porque os cálculos teóricos previam certa quantidade de neutrinos que deveria estar bombardeando a Terra, mas, aparentemente, dois terços dela estavam faltando.

A dupla de cientistas premiados ajudou a resolveu essa “charada”. Ela mostrou que os neutrinos, que são encontrados em três “sabores” (neutrino do múon, neutrino do tau e o do elétron), não desapareciam, mas oscilavam entre essas “classes”. As partículas mudam de identidade enquanto viajam através do espaço ou da atmosfera, o que mostra que têm massa.

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Em 1998, Kajita fazia parte de uma equipe de pesquisadores que descobriu que os neutrinos da atmosfera se alternavam entre duas identidades em sua trajetória até o detector Super-Kamiokande, um observatório de neutrinos localizado um quilômetro abaixo da superfície, no Japão. Um ano depois, McDonald anunciou que os neutrinos que partiam do Sol não estavam desaparecendo na rota até a Terra. Junto a um time de cientistas, o pesquisador capturou os neutrinos no observatório de Neutrinos em Sudbury, no Canadá, e revelou que eles estavam mudando de “identidade”.

“Para a física de partículas, essa foi uma descoberta histórica”, afirmou o comitê do Nobel, em nota.

O Nobel de Física foi o segundo prêmio entregue este ano. Na manhã desta segunda-feira, um trio de cientistas recebeu o Nobel de Medicina por pesquisas que ajudaram a combater parasitas. Os prêmios foram entregues pela primeira vez em 1901 para honrar avanços na ciência, literatura e paz, de acordo com o testamento do inventor da dinamite e empresário Alfred Nobel.

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(Da redação)

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