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No radar, um novo voo tripulado à Lua

Países que mantêm a Estação Espacial estudam novos usos para a base

Por BBC
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h13 - Publicado em 11 out 2010, 20h39

Os sócios acreditam em um papel fundamental para a ISS como plataforma de desenvolvimento para a exploração do espaço sideral

A possibilidade de usar a estação espacial como base de lançamento para uma missão tripulada ao redor da Lua está em estudos por sócios da Estação Espacial Internacional (ISS). Relatórios discutindo o conceito foram trocados entre as agências espaciais americana, russa e europeia.

O voo à Lua evoca a Apolo 8, que fez a famosa fotografia conhecida como Earthrise. As agências querem que a estação seja algo mais que uma plataforma de grande altitude para experiências em microgravidade. Gostariam de torná-la uma plataforma para tecnologias e técnicas necessárias para levar os seres humanos para fora da órbita baixa da Terra, explorar destinos como asteróides e Marte. Usar a estação como um espaçoporto, ou acampamento base, de onde os astronautas partem para sua jornada faz parte dessa nova filosofia.

“Precisamos de coragem para começar uma nova era”, disse a diretora de voos tripulados da Europa, Simonetta Di Pippo. “A ideia é levar à estação vários elementos da missão e montar a nave na ISS – uma pequena espaçonave que gire em torno da Lua.” Provavelmente, a nave retornaria para a Terra, não voltaria à ISS. Frank Borman, James Lovell e William Anders fizeram história quando conduziram a primeira missão lunar, ao testar o Módulo de Comando e Serviço (CSM) e seus sistemas de suporte à vida em preparação para o desembarque da Apolo 11. A nave deu dez voltas na Lua antes de voltar para casa.

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Tal como na Apollo, qualquer tentativa moderna precisaria de algo como o CSM para os astronautas, em conjunto com um primeiro estágio – uma unidade de propulsão para lançar o veículo na direção da Lua e impulsioná-lo de volta à órbita baixa da Terra. O novo estudo vai avaliar quais são os elementos necessários que podem ser adaptados de sistemas espaciais que já existem.

Longo caminho – É bom ressaltar que a ideia, hoje, é apenas uma ideia. Há um longo caminho até se tornar realidade, e apenas o fato de o conceito ser examinado não é garantia de que será aprovado. Mas as agências, seus parceiros industriais e até defensores do turismo espacial já pensaram na repetição da missão da Apolo 8 na Lua, nem que seja para uma única órbita. O diferente agora é a nova forma de pensar sobre o uso da ISS nos próximos anos.

Todos os cinco sócios da estação – Estados Unidos, Rússia, Europa, Japão e Canadá – têm manifestado o desejo de continuar utilizando a plataforma pelo menos até 2020. E os engenheiros acreditam que muitos de seus módulos serão funcionais até o final da década de 2020.

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As ciências voltadas à Terra em ambiente de gravidade zero sempre serão prioritárias e com seis ocupantes permanentes o tempo dedicado às experiências por astronauta subiu para 70 horas por semana.

Exploração do espaço – Com muitas tarefas de laboratório automatizadas, deve haver espaço para novas atividades. Os sócios acreditam em um papel fundamental para a ISS como plataforma de desenvolvimento para a exploração do espaço sideral.

Essas atividades poderão incluir novos robôs, módulos de vida infláveis para crescimento de comida, novas tecnologias de suporte à vida, sistemas de proteção contra radiação, comunicações, de sensores e novas abordagens para a telemedicina – algo necessário aos astronautas em missões longe da Terra. Aprender como montar veículos de exploração na ISS também seria parte desta nova visão.

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Se os seres humanos forem aos asteróides ou à Marte, a escala da infraestrutura necessária para garantir um volta segura talvez não possa ser lançada por um foguete da Terra. As peças teriam de ser enviadas em múltiplos voos e unidas em órbita. Fazer essa montagem na ISS significa que o trabalho será supervisionado por astronautas com acesso fácil a ferramentas, se necessário.

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