A agência espacial americana pretende estabelecer colônias no planeta que sejam totalmente independentes da Terra. A proposta é que isso ocorra "nas próximas décadas"
Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h01 - Publicado em 12 out 2015, 16h12
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1/11 <p>Imagem natural de Marte vista pelas lentes do telescópio Hubble. É possível perceber uma das calotas polares na parte inferior da fotografia - uma mistura de água e dióxido de carbono congelados.</p> (NASA/Hubble Telescope/VEJA/VEJA)
2/11 <p>Foto tirada pelo veículo da NASA Opportunity. A paisagem desértica está dentro de uma das gigantescas crateras do planeta vermelho.</p> (NASA/JPL-Caltech/Cornell Univers/VEJA/VEJA)
3/11 <p>Outra fotografia tirada pelo Opportunity, no dia 28 de abril de 2010, dessa vez no limite da cratera Endeavor, destino final após anos de exploração no planeta.</p> (NASA/JPL/Cornell/University of A/VEJA/VEJA)
4/11 <p>O Grand Canyon marciano é 10 vezes mais longo, 20 vezes mais largo e cinco veze mais profundo do que o original, localizado nos Estados Unidos. A foto foi tirada pela sonda Odyssey e colorido por meio de computação gráfica para se aproximar com o espectro de cores visível aos seres humanos.</p> (NASA/Arizona State University/VEJA/VEJA)
5/11 <p>Foto tirada pelo veículo Spirit, irmão gêmeo do Opportunity mostrando indícios de que Marte já foi um ambiente úmido e não ácido, possivelmente favorável à vida.</p> (NASA/JPL-Caltech/Cornell Univers/VEJA/VEJA)
6/11 <p>Imagem dos rastros deixados pelo veículo espacial Opportunity na desértica paisagem marciana, ao sul do planeta. </p> (NASA/JPL-Caltech/VEJA/VEJA)
7/11 <p>Lado oeste de uma cratera de impacto nas latitudes medianas ao norte do planeta. A foto foi tirada pelo orbitador Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), no dia 13 de abril de 2010.</p> (AP Photo/NASA/VEJA/VEJA)
8/11 <p>Concepção artística da sonda Phoenix, missão liderada pelo cientista brasileiro Ramon de Paula, na superfície de Marte.</p> (NASA/JPL via Getty Images/VEJA/VEJA)
9/11 <p>Foto registrada pela missão da agência européia Mars Express, em setembro de 2005. A parte escura mostra uma rede de vales que se parecem com as redes de drenagem da Terra. A ciência ainda não descobriu se esses vales originaram-se à partir de chuvas, lençóis subterrâneos ou derramamentos de magma na superfície.</p> (ESA via Getty Images/VEJA/VEJA)
10/11 <p>Mais uma imagem registrada pela Mars Express. Aqui, o Echus Chasma, uma das maiores regiões de fonte de água em Marte.</p> (ESA via Getty Images/VEJA/VEJA)
11/11 <p>Outro ângulo do gigantesco Echus Chasma, uma das maiores regiões de fonte de água em Marte. Mostra um penhasco impressionante, com 4.000 metros de altura. Cientistas acreditam que cachoeiras colossais já derramaram suas águas através do penhasco há centenas de milhões de anos. O solo, incrivelmente plano, foi inundado por lava basaltica.</p> (ESA via Getty Images/VEJA/VEJA)
Da mesma forma que levou os homens à Lua, a Nasa pretende nos levar à Marte. No entanto, ao contrário da missão Apollo, “nós iremos para ficar”, afirmou a agência espacial americana em um documento de 36 páginas que detalha os próximos passos da Jornada para Marte, missão de colonização do planeta.
Divulgado na última semana, o relatório da Nasa revela os muitos desafios que ainda precisam ser superados antes que os humanos possam fincar a bandeira em território marciano, como radiações, efeitos da microgravidade e contaminações fatais aos homens. Enquanto as primeiras datas divulgadas pela agência previam 2030 como o ano provável para a chegada do homem a Marte, o novo documento revisa o calendário para as “próximas décadas”.
A publicação do texto foi feita tendo em vista uma audiência no Congresso americano sobre o orçamento para a exploração extraterrestre e um encontro internacional da indústria espacial em Jerusalém, nesta semana.
Mais perto do que nunca – Em uma nota que acompanha o texto, Charles Bolden, administrador da Nasa, disse que a agência espacial norte-americana está “mais perto do que nunca de enviar astronautas para Marte.”
“Estamos empolgados em continuar discutindo os detalhes de nosso plano com os membros do Congresso, assim como com nossos parceiros comerciais e internacionais, muitos dos quais participarão do Congresso Internacional de Astronáutica”, afirmou Bolden.
O plano divide-se em três etapas, a primeira das quais já está em andamento com experimentos sobre a saúde e o comportamento humanos e sistemas para cultivar comida e reciclar água a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).
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A segunda fase, chamada “Campo de teste”, está prevista para começar em 2018 com o primeiro lançamento da nova cápsula espacial Órion sobre o poderoso foguete Space Launch System (SLS). Em seguida, a agência planeja praticar outras missões na área entre a Lua e a Terra, ou em torno da órbita da Lua. “A Nasa aprenderá a conduzir operações em um ambiente de espaço profundo que permitirá às tripulações voltar à Terra em questão de dias”, garantiu o relatório.
A terceira etapa envolve viver e trabalhar na superfície de Marte e em trânsito em naves espaciais “que sustentarão a vida humana durante anos, fazendo apenas manutenções de rotina”.
Em relação aos investimentos, o documento afirma que são “acessíveis dentro do atual orçamento da Nasa.”
Obstáculos – Os astronautas que viajarem para Marte podem passar até três anos no espaço, onde a radiação é alta e, portanto, são maiores os riscos de desenvolver câncer, perder densidade óssea e sofrer problemas imunológicos, segundo o documento.
“Viver e trabalhar no espaço requer aceitar riscos e a viagem vale esse risco”, afirmou o texto, chamando Marte de “um objetivo alcançável” e a “próxima fronteira tangível para a expansão da presença humana”.
Alguns especialistas, contudo, consideraram que o informe, que não inclui orçamento nem cronograma, é fraco em detalhes importantes.
John Rummel, do instituto SETI, disse que o documento contém “curiosas deficiências” e apontou que só menciona os termos “comida” e “ar” uma vez, sem dar mais detalhes sobre como os astronautas farão para cultivar alimentos no espaço para sobreviver.
Também ignora “o importante assunto do risco de contaminação” caso Marte abrigue pequenas formas de visa ou se os humanos as levarem para lá por acidente, disse Rummel à Agência France Presse.
“Se não tivermos bastante cuidado, a contaminação proveniente da Terra pode ser interpretada erroneamente como vida marciana”, comentou.
1/8 <p>Capturada em 11 de janeiro de 2015 pela Missão Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), esta imagem mostra o que os cientistas chamam de RSL – linhas recorrentes de encostas relacionadas à presença de água– na cratera de Aram Chaos.</p> (VEJA.com/Nasa/Nasa)
2/8 <p>Esta imagem, registrada pela Missão Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) em 17 de abril de 2015, retrata o pico central da cratera Porter. </p> (NASA/JPL/University of Arizona/Divulgação/Divulgação)
3/8 <p>Conjunto de RSL– linhas recorrentes de encostas relacionadas à presença de água - capturado pela Missão Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) em 21 de julho de 2015, no Coprates Chasma– cânion imenso que possui cerca de 966 quilômetros de extensão –, localizado no Valles Marineris.</p> (VEJA.com/Nasa/Nasa)
4/8 <p>A Missão Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) capturou, em 6 de maio de 2015, imagens das voçorocas – escavações que se formam durante o inverno e são causadas pela erosão do lençol de escoamento de águas – sobre a superfície de Marte.</p> (NASA/JPL/University of Arizona/Divulgação/Divulgação)
5/8 <p>Esta imagem, capturada pela Missão Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) em 20 de fevereiro de 2015, mostra o que os cientistas chamam de RSL – linhas recorrentes de encostas relacionadas à presença de água - na cratera Hale. Elas possuem tom avermelhado devido à existência de ferrugem neste local. </p> (JPL/University of Arizona/Nasa/Nasa)
6/8 <p>Capturada em 9 de fevereiro de 2015 pela Missão Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), esta imagem retrata o que os cientistas chamam de RSL – linhas recorrentes de encostas relacionadas à presença de água - na cratera Raga.</p> (JPL/University of Arizona/Nasa/Nasa)
7/8 <p>Esta imagem, capturada em 30 de julho de 2015 pela Missão Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), retrata uma geada sazonal que se forma em médias e altas latitudes de Marte. Segundo cientistas, esse fenômeno é bem parecido com a neve na Terra e pode causar as voçorocas na superfície marciana.</p> (VEJA.com/Nasa/Nasa)
8/8 <p>Imagem, capturada em 28 de setembro de 2015 pela Missão Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), do que os cientistas chamam de RSL – linhas recorrentes de encostas relacionadas à presença de água - na cratera Horowitz.</p> (VEJA.com/Nasa/Nasa)