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Nasa lança sonda espacial Juno para Júpiter

Por Por Kerry Sheridan
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h04 - Publicado em 5 ago 2011, 20h01

A agência espacial americana Nasa lançou nesta sexta-feira a nave não tripulada Juno, que funciona com energia solar e custou mais de 1 bilhão de dólares, para uma viagem de cinco anos a Júpiter, para que investigue a composição do maior planeta do Sistema Solar.

A sonda foi lançada ao espaço às 12h25 (13h25 de Brasília), a bordo de um foguete Atlas V, de 60 metros de altura, de uma plataforma localizada em Cabo Canaveral, Flórida (sudeste dos Estados Unidos).

“Decolou o foguete Atlas V com a sonda Juno em uma viagem para Júpiter, uma peça do quebra-cabeças planetário sobre o início de nosso Sistema Solar”, disse um comentarista de televisão da agência espacial americana ao reportar o lançamento.

Cerca de 53 minutos mais tarde, Juno separou-se do foguete que a lançou para continuar sua viagem sozinha.

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O lançamento de Juno mostrou que “a Nasa ainda está ativa e liderando a exploração espacial”, disse o chefe da agência, Charles Bolden.

“O maior planeta de nossa vizinhança está a ponto de revelar seus segredos, e tudo o que Juno encontrar nos ajudará a entender mais de perto as origens e a evolução de nosso Sistema Solar. Isso é emocionante”, escreveu Bolden no site da Nasa.

Uma vez que chegar a seu destino, em julho de 2016, a nave orbitará os polos do gigantesco planeta de gás, que se acredita ter sido o primeiro formado ao redor do Sol e cuja massa é duas vezes superior à de todos os planetas do Sistema Solar juntos.

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Chamada Juno devido à deusa romana, irmã e mulher de Júpiter, essa sonda de 1,1 bilhão de dólares realiza a primeira missão de uma nave espacial não tripulada a Júpiter desde 1989. Na época, a Nasa lançou Galileu, uma nave de exploração que entrou na órbita de Júpiter em 1995 e que ingressou no planeta em 2003, finalizando assim sua missão.

Juno se aproximará de Júpiter mais do que nenhuma outra nave da Nasa e será a primeira a orbitar os pólos do planeta, disse Scott Bolton, principal pesquisador de Juno e cientista do Southwest Research Institute em San Antonio, Texas (sul).

“Um dos principais objetivos de Juno é (investigar) a origem de Júpiter e a origem de nosso Sistema Solar”, disse Bolton nesta sexta-feira, pouco antes do lançamento.

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Outras naves da Nasa, como Voyager 1 e 2, Ulisses e Novos Horizontes, também sobrevoaram esse planeta, o quinto em distância que gira ao redor do Sol.

Juno passará os dois primeiros anos de sua missão viajando ao redor do Sol, depois voltará para orbitar a Terra, o que lhe dará impulso gravitacional para sua viagem de três anos a Júpiter.

Ao chegar, Juno orbitará a 5.000 km acima das nuvens de Júpiter e usará uma série de instrumentos, fornecidos pela Agência Espacial Europeia (ESA), para estudar o funcionamento do planeta e explorar sua composição.

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Dois experimentos-chave permitirão calcular a quantidade de água existente em Júpiter e determinarão se o planeta “tem um núcleo de elementos pesados no centro ou se é todo feito de gás”, explicou Bolton.

Além disso, os cientistas esperam aprender mais sobre os campos magnéticos e sua grande mancha vermelha, uma tempestade que ocorre há mais de 300 anos.

“Uma das perguntas fundamentais é ‘quão profundas são as raízes dessa mancha vermelha? Como (a tempestade) se mantém por tanto tempo?”, disse Bolton.

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Juno leva alguns brinquedos como parte de uma campanha de sensibilização dos mais jovens sobre matemática e ciência.

Três bonecos de plástico de cerca de 4 cm feitos pela empresa Lego estão a bordo: um é o astrônomo italiano Galileu Galilei, que descobriu quatro das luas de Júpiter, outro é o deus romano Júpiter e o terceiro é sua mulher Juno.

Em 2003, a Nasa avaliou usar uma espécie de combustível nuclear para o motor de Juno, mas os engenheiros decidiram que a nave seria mais rápida e segura se utilizasse energia solar.

Juno integra uma nova série de missões científicas: a sonda Grail será lançada para a Lua em setembro, e o Laboratório de Ciências de Marte decolará para o planeta vermelho em novembro.

“Estas missões são desenhadas para resolver algumas das questões mais difíceis da ciência plenetária, todas elas sobre nossa origem e a evolução do Sistema Solar”, disse Jim Green, diretor de ciência planetária da Nasa.

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