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Mudanças climáticas levaram civilizações ao colapso

Período de frio e seca pode ter gerado falta de alimentos e invasões de povos vizinhos, que acabaram destruindo civilizações do Mediterrâneo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h18 - Publicado em 16 ago 2013, 16h17

Um período frio e seco que durou centenas de anos pode ter sido o responsável pelo colapso de civilizações do Mediterrâneo no século 13 a.C., afirmaram nesta quarta-feira cientistas franceses. Diversas civilizações se formaram na região do Mediterrâneo Oriental, se estendendo por territórios que hoje correspondem a países como Egito, Grécia, Chipre, Síria, Turquia e Israel. Até que, no final da Idade do Bronze, por volta de 1.200 a.C., elas entraram em colapso e desapareceram.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Environmental Roots of the Late Bronze Age Crisis

Onde foi divulgada: periódico Plos One

Quem fez: David Kaniewski, Elise Van Campo, Joël Guiot, Sabine Le Burel, Thierry Otto e Cecile Baeteman

Instituição: Universidade Paul Sabatier, na França, e outras

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Resultado: Um período frio e seco que durou 300 anos pode ter sido o responsável pelo colapso civilizações do Mediterrâneo no século 13 a.C.

As razões para essa queda ainda são muito discutidas entre os pesquisadores, e teorias sobre guerras e fatores econômicos já foram levantadas. Porém, nos últimos anos, novos estudos têm indicado que fatores naturais podem ter sido responsáveis pelo acontecimento, esgotando a agricultura, provocando fome e forçando os povos a guerrearem.

Em um estudo publicado nesta quarta-feira, no periódico Plos One, os pesquisadores analisaram 84 amostras de grãos de pólen derivados de sedimentos de um complexo de lagos antigos em Larnaca, no Chipre, para descobrir as mudanças ambientais que originaram a crise.

Liderados por David Kaniewski, pesquisador da Universidade Paul Sabatier, em Toulouse, na França, eles descobriram evidências de um período de frio e seca que teve início cerca de 3.200 anos atrás e durou três séculos.

Análises de isótopos de carbono e das espécies vegetais do local mostraram que o complexo de lagos havia sido antes um porto, que ficava no centro das rotas comerciais da região, e foi secando gradualmente até se tornar um lago salgado. Em virtude disso, as plantações morreram, o que gerou fome na região e invasões de povos vizinhos – o que teria levado ao colapso das civilizações.

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As descobertas estão de acordo com evidências arqueológicas encontradas na região, como hieróglifos e textos em escrita cuneiforme (um dos tipos de escrita mais antigos que já existiram, criado pelos sumérios) que descrevem a fome e as ondas de invasão, no mesmo período em que teria ocorrido a seca descrita no estudo.

Leia também:

Agricultura pode ter começado milênios antes do que se pensava

(Com Agência France-Presse)

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