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Morre arqueólogo chinês que descobriu guerreiros de terracota

Estátuas de 2.200 anos foram descobertas por agricultores que cavaram um poço em 1974, como relíquias do tempo da dinastia Qin

Por AFP Atualizado em 22 Maio 2018, 17h57 - Publicado em 19 Maio 2018, 11h20

O arqueólogo chinês Zhao Kangmin, que descobriu o famoso exército de terracota, as estátuas de guerreiros de 2.200 anos, morreu, aos 82 anos, informaram meios de comunicação estatais neste sábado.

Zhao Kangmin foi o primeiro arqueólogo a identificar os fragmentos de terracota, descobertos por agricultores que cavaram um poço em 1974, como relíquias do tempo da dinastia Qin. Também foi o primeiro a escavar esse local na província chinesa de Shaanxi, no norte do país.

Sua morte, em 16 de maio, foi comunicada na sexta-feira à noite pelo Jornal do Povo, o órgão do Partido Comunista Chinês (PCCh) no poder.

Os 8.000 ou mais guerreiros de terracota desenterrados na cidade de Xian, feitos por volta do ano 250 a.C., são os guardiões do túmulo do primeiro imperador da China, Qin Shihuang, falecido em 210 a.C. depois de unificar o país. Milhares de turistas visitam a cada ano este local inscrito como patrimônio da Unesco. Os chineses o consideram um dos símbolos de sua civilização milenar, no mesmo nível da invenção da pólvora e do papel.

Em 1974, quando descobriram o túmulo em Xian, os agricultores avisaram a Zhao Kangmin, então curador em um museu da região. “Fui ao local com outro diretor. Estávamos muito animados, andávamos em nossas bicicletas tão rápido que sentimos que estávamos voando”, escreveu o arqueólogo em um artigo publicado em 2014 no site do Museu do Exército de Terracota.

Zhao pediu aos agricultores que recolhessem os fragmentos de terracota e os reunissem em três caminhões para enviar ao seu pequeno museu. Passou a reconstruir as estátuas a partir desses fragmentos, alguns dos quais tinham o tamanho de uma unha, segundo o mesmo artigo. “Era o final da revolução cultural chinesa, mas alguns partidos ainda eram contra a restauração de objetos antigos. Decidimos manter tudo em segredo”, escreveu o arqueólogo.

Mais tarde, o Conselho de Estado chinês reconheceu Zhao como o homem por trás da descoberta do Exército cuidadosamente esculpido, que contava com soldados, arqueiros e cocheiros, cada um com expressões únicas, trajes, armas e até mesmo penteados.

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