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Missão Rosetta é prolongada e pode terminar com mais um pouso sobre cometa

As atividades serão estendidas até setembro de 2016. O limite anterior era dezembro deste ano e os cientistas discutem a possível aterrissagem da nave Rosetta, no mesmo cometa onde está a sonda Philae, como marco do fim do projeto

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h03 - Publicado em 23 jun 2015, 16h10

A missão da sonda espacial Rosetta, que permitiu o pouso histórico do robô Philae no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, em novembro do ano passado, será prorrogada até setembro de 2016, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA), nesta terça-feira. Inicialmente, o programa deveria terminar em dezembro deste ano com o desligamento dos equipamentos da sonda, que ficaria orbitando o cometa indefinidamente. Agora, os cientistas discutem um fim mais espetacular: Rosetta poderá também aterrissar sobre o cometa, reunindo-se ao módulo Philae.

A decisão de ampliar a missão por mais nove meses foi tomada pelo comitê de programas científicos da ESA que, em comunicado, afirmou que a conclusão da viagem de Rosetta ocorrerá conforme ela se afaste do Sol, deixando de receber energia necessária para que seus equipamentos funcionem de forma eficiente.

A aterrisagem da sonda que orbita o cometa tem sido discutida pelos cientistas nas últimas semanas, pois permitiria que seus instrumentos obtivessem dados e imagens mais próximas e detalhadas, enviando informações antes que sua energia termine.

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Módulo sobre o cometa deve despertar entre maio e junho

O comunicado foi feito pouco mais de uma semana após o robô Philae, que estava em hibernação desde o ano passado, dar sinais de nova atividade. Após seu despertar, a sonda Rosetta estabeleceu contato com o módulo, enviando informações à Terra de que o cometa se encontra em “plena efervescência”. Na última sexta-feira (19), Philae voltou a transmitir os dados da sua posição, enviando informações armazenadas durante toda a semana.

Principais atividades – Até a finalização da missão, a sonda Rosetta observará como o cometa se aproxima do Sol, até chegar ao momento de máxima proximidade, em 13 de agosto. Ao longo do ano, a continuação do estudo permitirá que os cientistas tenham conhecimento sobre a atividade do astro nas diferentes fases de sua órbita.

As equipes que supervisionam Rosetta aproveitarão o tempo suplementar para realizar novas pesquisas, algumas potencialmente perigosas para a sonda. Isso inclui voos pela face noturna do cometa para observar o plasma, o pó, o gás e as diversas interações entre eles, assim como para recuperar amostras do pó expelido do núcleo.

O cientista Matt Taylor, integrante da missão, considerou que a ampliação é “uma notícia fantástica para a ciência” porque será possível supervisionar “o declive na atividade do cometa conforme nos afastamos de novo do Sol e teremos a oportunidade de voar mais perto para continuar juntando dados”.

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Origem da vida – Os cometas são importantes objetos de estudo por serem considerados “restos” da formação do Sistema Solar, que continuam vagando pelo Universo. De acordo com algumas teorias, podem ter sido os responsáveis por trazer a água, ou até mesmo vida, à Terra.

Uma das principais razões pelas quais a sonda Rosetta foi enviada em uma cinematográfica missão ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko era para verificar se a água desse corpo celeste era a mesma da Terra. Um resultado positivo reforçaria a teoria de que a água foi trazida até aqui pelos cometas. A teoria, no entanto, perdeu força no início de dezembro, quando um estudo publicado na revista Science mostrou que a água do 67P é diferente da existente no planeta azul.

Isso só foi possível porque, durante as primeiras 64 horas em que Philae conseguiu estudar o cometa, ela coletou informações importantes. Os dados se transformaram em uma série de estudos publicados em janeiro e abril deste ano e, com o prolongamento da missão, os pesquisadores esperam que se possa trazer ainda mais informações sobre os cometas e, em efeito contínuo, das origens do Universo.

(Da redação)

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