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Milhares marcham pela ciência e contra ‘fatos alternativos’

Mais de 500 marchas foram realizadas no mundo todo

Por Da redação
22 abr 2017, 22h18

Na esteira de um grande número de marchas pela ciência no mundo todo, milhares de pessoas se reuniram neste sábado (22), em Washington, para defender a pesquisa científica, que consideram ameaçada pelo governo de Donald Trump.

Dezenas de cientistas discursaram, como Nancy Roman, responsável pelos programas de astronomia da Nasa sobre uma tribuna instalada na esplanada do National Mall, em frente à Casa Branca.

Depois, começou uma marcha para o Capitólio, sede do Congresso americano, na qual a maioria dos manifestantes carregava cartazes com mensagens como “Ciência, não ideologia”, ou “Os fatos científicos são os que contam”.

Outras cidades americanas, como Nova York e Los Angeles, registraram mobilizações semelhantes, e mais de 500 marchas foram realizadas no mundo todo.

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Trump reagiu em um comunicado publicado pela Casa Branca neste sábado: “Uma ciência rigorosa é essencial para os esforços de uma administração para cumprir o duplo objetivo de crescimento econômico e proteção ambiental”.

Pouco depois de assumir a presidência, Trump assinou decretos para revogar regulações ambientais promovidas por seu predecessor democrata, Barack Obama, e nomeou o cético do clima Scott Pruitt para a direção da Agência de Proteção Ambiental (EPA).

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“Estou preocupada com a retórica anticiência dessa administração e com sua falta de conhecimento científico”, diz à AFP a bioquímica Kathy Ellwood, que participava da marcha.

A ciência ameaçada

Os cientistas ecoam as afirmações de Rush Holt, presidente da Associação Americana pelo Avanço da Ciência (AAAS), a maior organização científica do mundo, com 120.000 membros. Na quinta-feira, Holt disse que “os pesquisadores percebem cada vez mais que os fatos científicos são ignorados com frequência nos debates públicos e substituídos por opiniões e crenças ideológicas”. Ele aponta que o orçamento geral de pesquisa representa hoje menos da metade que nos anos 1960, em porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB).

Ao longo da campanha, Trump defendeu que as mudanças climáticas eram “um mito” e prometeu tirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima, o qual prevê a redução de emissões de gases de efeito estufa. Essa decisão continua sendo debatida por seus conselheiros.

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Seu primeiro projeto de orçamento propõe uma redução de 31% dos fundos destinados à EPA e cortes nas subvenções aos institutos nacionais de saúde.

A ideia da marcha pela ciência nasceu no dia seguinte da posse de Trump, quando foram organizadas em todos os Estados Unidos e em outros países marchas das mulheres em defesa dos direitos cívicos, que mobilizaram mais de dois milhões de pessoas.

“Fatos alternativos”

Em Londres, centenas de pessoas marcharam do Museu da Ciência até o Parlamento, com cartazes com mensagens como “A ciência é sexy” e “Menos invasões, mais equações”.

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Em Gana, cientistas ofereceram uma palestra em um hotel de Acra sobre temas ambientais de interesse local, como o impacto de resíduos plásticos no meio ambiente.

Em Sidney, os manifestantes marcharam com jalecos de laboratório brancos.

Houve também concentrações em outras cidades australianas e em Wellington e Auckland, na Nova Zelândia.

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No Twitter, circularam fotos de marchas em Helsinki, Munique, Bonn, Estocolmo e outras cidades europeias.

Em Paris, manifestantes exibiam um cartaz com a legenda: “Somos a resistência à ameaça laranja em Washington! Defenda a ciência!”.

Outras manifestações foram realizadas no Brasil, Canadá, Japão, México, Nepal, Nigéria e Coreia do Sul.

(Com AFP)

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