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Meteorito que caiu no Marrocos veio de Marte

Rochas devem ter vagado por milhões de anos antes de caírem na Terra

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h48 - Publicado em 18 jan 2012, 16h44

Uma equipe internacional de cientistas confirmou que procedem de Marte os fragmentos de um meteorito que foi visto caindo como uma bola de fogo no Marrocos em julho de 2011. A Sociedade Internacional de Meteorítica e Ciência Planetária publicou em seu boletim os detalhes deste meteorito, batizado de Tissint.

Trata-se de sete quilos de material rochoso em pedaços que vão desde um grama a quase um quilo, segundo explicou Edward Scott, presidente da associação que agrupa 950 cientistas, incluindo vários funcionários da Nasa. É o maior meteorito de origem marciana já encontrado na Terra. Várias universidades ao redor do mundo irão estudar o meteorito, que pode dar detalhes sobre o passado do planeta vermelho e ajudar a dizer se ele já abrigou vida.

Apesar das várias missões enviadas a Marte, ainda não foi possível retirar amostras do solo do planeta e trazê-las para a Terra. Por isso, a confirmação de que o material do meteorito marroquino veio de lá é uma boa notícia para os cientistas.

“Da química desses produtos podemos obter mais informações sobre o ambiente marciano ao longo do tempo, desvendando, por exemplo, se era comum que a água ficasse na superfície e, potencialmente, descobrir se em algum momento Marte foi apto a ter vida”, explicou a professora Lydia Hallis, do Instituto de Geofísica e Planetologia da Universidade do Havaí, nos Estados Unidos.

As rochas que formam o meteorito, porém, não são um retrato atual da atmosfera marciana. Os cientistas acreditam que o corpo celeste estava vagando pelo Sistema Solar havia milhões de anos antes de cair na Terra. A principal hipótese é a de que um corpo maior tenha colidido com o planeta vizinho e espalhado detritos como esses pelo espaço.

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As partes do Tissint começaram a ser encontradas em outubro do ano passado, por nômades que perambulavam pelo vale Oued Drâa, próximo à cidade de Tata. Uma das testemunhas, Aznid Lhou, disse, segundo o boletim divulgado pela Sociedade Internacional de Meteorítica, que primeiro viu uma luz amarela no céu da noite. Em seguida, o objeto apresentou um forte brilho esverdeado, que iluminou toda região, para então partir-se em dois.

Perguntas & respostas

  • Qual a diferença entre asteroide, meteorito e meteoro? Asteroides são corpos celestes menores que planetas que vagam pelo Sistema Solar desde sua formação, há 4,6 bilhões de anos. Meteoritos são pedaços de asteroides que eventualmente atingem a superfície da Terra. Meteoros são os rastros luminosos produzidos por pedaços de asteroides em contato com a atmosfera da Terra, resultado do atrito com o ar, e são popularmente reconhecidos como estrelas cadentes.
  • Meteoritos deram origem à vida na Terra? A hipótese de que a vida veio do espaço, na ‘carona’ de rochas espaciais, não é o modelo dominante, mas também não se descarta. É o que embasa uma série de pesquisas no campo da chamada astrobiologia. Há também pesquisadores que consideram que o impacto de meteoritos e a formação de crateras favoreceram o aumento da biodiversidade.
  • Meteoritos acabarão com a vida na Terra? Milhares de meteoros atravessam nossa atmosfera todos os dias. A maioria não passa de poeira espacial. Estima-se que uma grande colisão ocorra a cada 100 milhões de anos. A única extinção em massa associada a uma colisão de meteorito foi a dos dinossauros, 65 milhões de anos atrás. Ainda assim, existem pesquisas mostrando que as espécies então já estavam ameaçadas por causa de uma série de razões. O asteroide de 10 quilômetros de diâmetro apontado com o vilão da história teria apenas acelerado o inevitável destino dos dinossauros.
  • O homem pode proteger a Terra de um grande asteroide? Astrônomos monitoram constantemente a aproximação de corpos celestes. A hipótese é improvável, mas caso um enorme asteroide apareça em rota de colisão com a Terra, os cientistas já sabem o que sugerir: em vez de explodi-lo, como no filme Armageddon, desviá-lo. Os pesquisadores consideram factível instalar desde velas especiais para capturar o vento solar até motores de íons.

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gráfico meteoritos ()

(Com informações da agência EFE)

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