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Meta de redução de emissões para 2020 está mais difícil de ser alcançada, diz ONU

Novo relatório que mede a diferença entre a redução necessária para manter o aquecimento a 2 graus Celsius e as projeções reais de emissões mostra que as metas ficam mais distantes a cada ano

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h25 - Publicado em 21 nov 2012, 13h17

Às vésperas da COP-18, Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (ONU), que acontecerá a partir de 26 de novembro, no Qatar, o Programa da Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançou a terceira edição do Relatório sobre as Emissões Excedentes de Gases de Efeito Estufa.

Com o objetivo de avaliar o esforço internacional para a redução da emissão de gases do efeito estufa, o relatório revela que as ações ambientais precisam ser intensificadas e aceleradas caso os países queiram manter o aquecimento médio global a menos de 2 graus Celsius (acima dos níveis pré-industriais) ao longo deste século. A meta foi estabelecida no encontro do clima da ONU na Dinamarca, em 2009.

Como prova disso, o documento cita que as emissões já estão cerca de 14% acima do nível que deveriam estar em 2020 para conter o aumento de temperatura a no máximo 2 graus Celsius neste século. De acordo com o PNUMA, essa intensificação se deve, entre outras razões, ao crescimento econômico das nações após a desaceleração com a crise de 2008.

O relatório foi elaborado por 55 cientistas de 20 países. Espera-se que um acordo global para reduzir as emissões seja alcançado pela comunidade internacional até 2015 para entrar em vigor em 2020.

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Metas – Para atingir a meta dos 2 graus Celsius, as emissões de gases equivalentes ao dióxido de carbono em 2020 devem estar em 44 bilhões de toneladas. O problema é que, mesmo se todos os países seguirem todos os compromissos contra o aquecimento acordados pela ONU, as emissões estimadas ainda seriam 8 bilhões de toneladas superiores ao limite proposto para aquele ano.

Num cenário mais extremo, caso nada seja feito, as emissões podem atingir a marca de 58 bilhões de toneladas daqui a oito anos, alerta o estudo.

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Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA, afirmou que a “transição para uma economia de baixo carbono está acontecendo num ritmo muito lento e a oportunidade para atingir o objetivo de 44 gigatoneladas (em 2020) está se tornando mais estreita ano a ano.” Ele destacou, no entanto, alguns fatores positivos apontados no relatório, como “o aumento impressionante de investimentos em fontes alternativas de energia, que em 2011 foi de quase US$ 260 bilhões.”

Desmatamento – O Brasil é citado no relatório no campo de desmatamento. No país, uma combinação de políticas de conservação ambiental aliada à queda no preço de commodities evitou a emissão do equivalente a 2,8 gigatoneladas entre 2006 e 2011, segundo o relatório. Para o PNUMA, políticas de combate ao desmatamento no mundo são consideradas uma opção de redução de emissões de gases do efeito estufa de baixo custo. Mesmo assim, esse tipo de medida “permanece subutilizada”, de acordo com o relatório.

Outro país mencionado no relatório, a Costa Rica tem quase um quinto do seu território coberto por áreas de preservação ambiental, o que contribuiu para a redução de gases e aumentou a participação do turismo no PIB (Produto Interno Bruto), hoje em 15%.

O desmatamento e a degradação de florestas formam o principal emissor não energético de gases do efeito estufa, numa contribuição estimada em 4,4 bilhões de toneladas ao ano. A principal causa da derrubada de matas no mundo, diz o PNUMA, é a expansão da fronteira agrícola. Já a degradação florestal pode ser causada por fenômenos naturais, como pestes, tempestades, incêndios, secas e outros estresses climáticos. Mas também pode ser ocasionada por ação do homem, como poluição atmosférica, queimadas e superexploração econômica da vegetação.

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