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“Logo faremos contato com ETs”, diz físico americano Michio Kaku

Ele é autor de best-sellers e um dos principais divulgadores científicos da atualidade

Por Sabrina Brito Atualizado em 15 Maio 2021, 13h11 - Publicado em 14 Maio 2021, 06h00
MICHIO KAKU - Alienígenas: “Não faz sentido pressupor que somos o único planeta a abrigar vida” -
MICHIO KAKU - Alienígenas: “Não faz sentido pressupor que somos o único planeta a abrigar vida” – (Discovery Communications/.)

O físico americano Michio Kaku, autor de best-sellers e um dos principais divulgadores científicos da atualidade, com passagens pelas universidades Harvard e Princeton, diz que a humanidade tem um encontro marcado com alienígenas.

O senhor faz muitas previsões sobre vida extraterrestre. Estamos perto de encontrá-­la? Faremos contato com uma civilização alienígena ainda neste século. Digo isso porque já descobrimos muitos planetas e estamos avançando cada vez mais na astronomia. Em média, cada estrela que vemos no céu noturno tem dois planetas em volta de si. Entre eles (que, só na Via Láctea, são mais de 100 bilhões), talvez 20% sejam parecidos com a Terra. Fazendo as contas, são bilhões de planetas parecidos com o nosso por aí. Não faz sentido alguém pressupor que somos o único planeta a abrigar vida.

No futuro, a humanidade será amiga de outras civilizações planetárias? O contato com ETs não quer dizer que nos aproximaremos dos alienígenas. É como quando você encontra um esquilo em uma floresta: você se interessa a princípio, mas logo deixa de prestar atenção. Afinal, ele não tem nada a dizer. Acredito que o mesmo vá acontecer conosco: as civilizações extraterrestres verão que não temos muito a oferecer a eles e nos deixarão em paz. Somos mais entediantes do que gostaríamos de pensar.

O futuro da humanidade é na Terra? Os dinossauros não existem mais apenas por um motivo: eles não tinham um programa espacial. Não tinham ciência, não detinham tecnologia. Então, quando o asteroide veio de encontro à Terra, eles eram impotentes, não conseguiram prevenir a própria extinção. Dinossauros habitaram a Terra por 200 milhões de anos. Nós, por 200 000.

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E nós desenvolvemos rapidamente diversas tecnologias. Sim. Criamos, por exemplo, um programa espacial que serve como uma espécie de seguro para nós. Não precisamos conquistar outros planetas com milhões de pessoas, mas de assentamentos em outros lugares. Assim, se algo ocorrer aqui, como uma pandemia mais perigosa do que a atual, teremos para onde ir.

O seu novo livro se chama A Equação de Deus. O senhor acredita na existência de um ser superior? Acredito no Deus de Einstein, um Deus de ordem, harmonia, beleza e elegância. O universo não é bagunçado nem feio. Ele é lindo. É incrível que as coisas sejam como são. Nesse Deus, eu acredito. Galileu dizia que o propósito da ciência é determinar como os céus funcionam, e que o propósito da religião é descobrir como ir para os céus. Em outras palavras, a ciência lida com leis naturais, enquanto a religião lida com a ética, com a moral. São coisas separadas. O problema surge quando tentam misturar os dois campos.

Publicado em VEJA de 19 de maio de 2021, edição nº 2738

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