Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lançamento de satélite brasileiro fracassa

Houve uma falha de funcionamento do veículo lançador e o satélite não foi posicionado na órbita prevista

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h15 - Publicado em 9 dez 2013, 10h28

Fracassou a tentativa de colocar em órbita o CBERS-3, satélite que Brasil e China lançaram na madrugada desta segunda-feira da base espacial chinesa de Taiyuan, na província de Shanxi. José Carlos Neves Epiphanio, coordenador do programa de aplicações do CBERS, disse ao site de VEJA que o lançamento não foi bem sucedido, e existe a chance de perda do equipamento.

CBERS/INPE/Divulgação

Satélite CBERS-3 e 4 ()

Croqui do satélite CBERS 3 e 4

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve uma falha de funcionamento do veículo lançador chinês, o Longa Marcha 4B, durante o voo e, consequentemente, o satélite não foi posicionado na órbita prevista. Engenheiros chineses responsáveis pela construção do lançador estão avaliando o problema, e há suspeita de que o CBERS-3 esteja retornando à atmosfera da Terra.

Continua após a publicidade

Para Epiphanio, a perda do equipamento provoca “uma frustração imensa” tanto entre os envolvidos com o projeto quanto entre aqueles que utilizariam seus resultados. “Não há uma instituição no Brasil que utilize imagens de satélite e não seja inscrita no programa CBERS”, afirma. “Seria um satélite que faria a diferença”.

O satélite decolou normalmente no horário previsto (1h26 no horário de Brasília), e o Inpe afirma que os subsistemas do CBERS-3 funcionaram normalmente durante a tentativa de sua colocação em órbita. Porém, tanto os especialistas na base do Inpe e Cuiabá, no Mato Grosso, quanto os Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, não conseguiram se comunicar com o satélite.

O CBERS-3 seria o único satélite brasileiro de imagem e órbita no momento. O próximo passo do programa é o lançamento do satélite CBERS-4, que estava previsto para 2015. Devido às atuais circunstâncias, as equipes do Brasil e da China devem se reunir para discutir um possível adiantamento.

Produção nacional – Segundo Epiphanio, a construção do CBERS-3 contou com grande participação da indústria nacional, alavancando a pesquisa e desenvolvimento de tecnologia espacial no país. O satélite conta com duas câmeras chinesas e duas brasileiras, WFI e MUX, que poderiam ser utilizadas para monitoramento da agricultura, do desmatamento e até de grandes desastres.

Continua após a publicidade

A câmera WFI seria utilizada para monitorar, por exemplo, a Amazônia. Com resolução de 64 metros (o que significa que uma área de 64 metros quadrados corresponderia a um ponto ou um pixel da imagem), ela monitora um mesmo local a cada 5 dias – o que a torna útil também para a observação do ciclo agrícola. Já a MUX seria mais multiuso, com frequência de 26 dias e resolução de 20 metros, mais detalhada.

Parceria – O CBERS-3 seria o quarto satélite do programa sino-brasileiro a entrar em órbita. Nos 25 anos de história da parceria entre os dois países, já haviam sido lançados o CBERS-1, CBERS-2 e CBERS-2B, que foi colocado em órbita em outubro de 2003 e deixou de funcionar em 2010.

Ao contrário dos satélites anteriores, nos quais a China foi responsável por 70% dos componentes, o novo aparelho foi dividido em partes iguais pelos dois países. Juntos, os CBERS-3 e 4 exigiram do Brasil investimentos de 300 milhões de reais.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.