Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lança-chamas ‘recreativo’ de Musk preocupa autoridades

Lei americana não prevê regulamentação para esse tipo de produto; representantes do governo querem proibir dispositivos com chamas maiores do que 1,8 metro

Por Da redação
Atualizado em 7 fev 2018, 20h17 - Publicado em 7 fev 2018, 20h04

 

A Boring Company, empresa do bilionário sul-africano Elon Musk, colocou no mercado um lança-chamas “recreativo” que tem preocupado autoridades americanas. O primeiro lote do produto, que custa 500 dólares (1.600 reais) no site da empresa, esgotou em apenas quatro dias, com mais de 20.000 unidades vendidas. Agora, representantes do governo dos Estados Unidos tentam alterar as leis em vigência para banir os dispositivos, alegando que eles podem oferecer risco às pessoas e iniciar incêndios.

O problema é que a legislação federal americana não inclui nenhuma descrição que faça referência a lança-chamas ou equipamentos semelhantes. Apenas dois estados possuem leis locais a respeito: Maryland, onde os dispositivos são completamente proibidos, e Califórnia, onde são permitidos modelos com chamas menores do que dez pés (aproximadamente três metros), desde que estejam devidamente autorizados pelo corpo de bombeiros e o dono tenha uma autorização para portá-los. Em outras partes do país, seria possível, ainda, enquadrar os dispositivos inflamáveis na mesma categoria de fogos de artifício – embora o tamanho da chama e outros detalhes técnicos definidos por lei também influenciem nesse fator.

As autoridades federais pretendem, então, alterar as leis para incluir, efetivamente, a compra ou posse de qualquer tipo de canhão incendiário no código criminal americano. A proposta, apresentada no Congresso pelo democrata nova-iorquino Eliot Engel, compreende como lança-chamas “qualquer dispositivo não-estacionário ou transportável projetado ou destinado a inflamar e depois emitir ou propulsionar um jato flamejante de combustível ou substância inflamável a uma distância de pelo menos seis pés (aproximadamente 1,8 metro)”.

Continua após a publicidade

O critério é ainda mais abrangente do que o determinado pelo estado da Califórnia – e, apesar de Musk não informar qual é a distância máxima alcançada pelo seu produto, a determinação foi pensada para banir o lança-chamas de todos os territórios americanos.

Ainda assim, mesmo se as mudanças fossem aprovadas, provavelmente o Congresso não conseguiria impedir de imediato a compra e o porte dos dispositivos de Musk. “Se [o Congresso] vai realmente aprovar legislação sobre [lança-chamas], eles devem regulamentá-los como armas de fogo. E isso significa que eles precisam mudar a definição do que realmente constitui uma ‘arma de fogo’ antes que eles possam sequer pensar em regulamentá-los”, disse Rick Vasquez, um oficial aposentado da Marinha e antigo especialista em tecnologia de armas no Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos Estados Unidos, em entrevista ao Task & Purpose.

Redes sociais

Em resposta a agências que estariam se recusando a transportar qualquer produto que se intitulasse “lança-chamas”, Elon Musk afirmou, no Twitter, que estaria trocando o nome do lançamento. “Para resolver isso, vamos renomeá-lo para ‘Não é um Lança-chamas'”, brincou na rede social.

O empresário também fez postagens em sua conta no Instagram usando o produto. “Quero esclarecer que um lança-chamas é uma ideia terrível. Não compre um, definitivamente. A menos que você goste de diversão”, escreveu em um dos vídeos.

Continua após a publicidade

https://www.instagram.com/p/BeeYW0NA1HU/

https://www.instagram.com/p/BeuIXFtA3KI/

https://www.instagram.com/p/BeeUSFwgLrM/

Continua após a publicidade

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.