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Júpiter e Saturno podem ter chuva de diamantes

Pesquisa que defende essa hipótese foi alvo de críticas de cientistas por possíveis problemas de metodologia

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h16 - Publicado em 15 out 2013, 22h09

Pode chover diamantes em Júpiter e Saturno, os gigantes gasosos do Sistema Solar. Esta foi a conclusão de uma pesquisa apresentada na última quarta-feira no encontro anual da divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Americana de Astronomia, que aconteceu em Denver, nos Estados Unidos. Mona Delitsky, da empresa California Specialty Engineering, e Kevin Baines, da Universidade de Wisconsin-Madison, autores do estudo, se basearam em descobertas recentes sobre a pressão e a atmosfera de Júpiter e Saturno, além de novas informações sobre as fases do carbono, elemento que forma os diamantes.

Segundo os pesquisadores, tempestades elétricas quebrariam as moléculas de metano, composto de carbono e hidrogênio, formando uma espécie de fuligem. Submetidos à pressão cada vez mais elevada, os átomos de carbono se combinariam primeiro sob a forma de grafite, depois como diamante. Expostos a temperaturas extremamente elevadas, os diamantes derreteriam, formando uma chuva de diamante líquido. Dessa forma, em Júpiter e Saturno pode existir não só a chuva dessa pedra preciosa, mas também um “oceano” desse material. De acordo com uma reportagem da revista Nature, Baines estima que em Saturno existam 10 milhões de toneladas de diamante produzido desta forma, e que as pedras maiores podem chegar a dez centímetros.

Críticas – A pesquisa, porém, recebeu críticas de diversos cientistas. David Stevenson, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, questiona os conceitos de termodinâmica empregados no estudo. Em entrevista ao site da Nature, ele explica que o metano compõe uma parcela muito pequena da atmosfera de Júpiter e Saturno – cerca de 0,2% e 0,5%, respectivamente. Dessa forma, ainda que a fuligem de carbono desse origem a grafite ou diamante, os cristais acabariam se dissolvendo antes de chegar à superfície. “É o mesmo conceito que explica por que uma pequena quantidade de açúcar ou sal se dissolve em uma grande quantia de água, principalmente em temperaturas elevadas”, afirma Stevenson.

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