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James Webb registra imenso vapor de água emitido por lua de Saturno

Fenômeno faz com que anel líquido orbite o gigante gasoso

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 Maio 2023, 12h05 - Publicado em 31 Maio 2023, 12h00

Saturno é, certamente, um dos planetas mais curiosos a serem estudados. Com 145 luas já reconhecidas pela União Astronômica Internacional (IAU), ele pode ser considerado um sistema solar em miniatura. Nos últimos dias, um desses satélites voltou a chamar atenção. De acordo com dados do telescópio espacial James Webb, a Encélado está emitindo um jato de água mais de 20 vezes maior que seu próprio tamanho. 

Os pesquisadores ainda constataram que os jatos garantem suprimento de água para todo o sistema saturniano. “À medida que gira em torno de Saturno, a lua e seus jatos estão basicamente cuspindo água, deixando um halo, quase como um donut, em seu rastro”, afirma Geronimo Villanueva, autor principal do estudo. 

Com cerca de 500 quilômetros de diâmetro, a lua tem apenas 4% do volume da Terra. Ela é, contudo, uma das principais candidatas a terem vida, pois entre seu pequeno núcleo rochoso e a sua superfície congelada, existe um mundo todo de água salgada.  

A Encélado já havia sido estudada de perto anteriormente, pela Cassini, quando ela chegou a Saturno, em 2004. A sonda já havia, inclusive, coletado o material desses jatos emitidos por vulcões, semelhantes a gêiseres, quando constatou que eles são compostos por partículas de gelo, vapor de água e químicos orgânicos.

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O estudo mais avançado com o telescópio James Webb permitiu uma melhor compreensão desses jatos. De acordo com o artigo científico que já foi aceito e será publicado na Nature Astronomy, a emissão tem se mantido estável ao longo dos anos. Os números são surpreendentes, são 300 kg/s – o suficiente para encher uma piscina olímpica em apenas algumas horas. 

Cerca de 30% da água se mantém nesse halo que orbita o planeta, ocupando mais ou menos o mesmo espaço do anel mais externo de Saturo. Os outros 70% se espalham e são absorvidos pelos outros corpos do sistema. 

Durante os próximos anos, observações do telescópio ajudarão a caracterizar melhor essa e outras luas para facilitar o trabalho de missões futuras em direção ao gigante gasoso.

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