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Inglaterra contraria pais e autoriza morte de bebê de 8 meses

Justiça autoriza que médicos desliguem as máquinas que matém vivo bebê com doença genética rara que provoca enfraquecimento dos músculos e danos cerebrais

Por Da redação
11 abr 2017, 22h32

A Justiça da Inglaterra autorizou, nesta terça-feira, que médicos desconectem, contra a vontade dos pais, o suporte vital a um bebê de 8 meses que sofre de uma rara doença genética.

A decisão do Alto Tribunal foi recebida com gritos de “não!” pela família de Charlie Gard, que pretendia levar o bebê aos Estados Unidos para um tratamento experimental. Os pais da criança estão “arrasados” com a decisão judicial, segundo sua advogada, Laura Hobey-Hamsher.

O juiz Nicholas Francis disse que tomou a decisão “com a maior das tristezas”, mas com “a absoluta convicção” de estar fazendo o melhor para o bebê, que merece “uma morte digna”. “Quero agradecer aos pais de Charlie por sua campanha valente e digna em seu nome, mas, principalmente, prestar homenagem à sua total dedicação ao seu maravilhoso filho, desde o dia em que nasceu”, continuou o juiz.

Os médicos do Hospital Great Ormond Street de Londres consideram que já é hora de que a criança, que sofre de danos cerebrais, receba cuidados paliativos.

Durante o julgamento, uma médica explicou que a criança já não ouve nem se mexe, e que está sofrendo desnecessariamente.

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Charlie tem uma forma de doença mitocondrial que causa o enfraquecimento progressivo dos músculos e danos cerebrais.

Charlie nasceu saudável, em agosto de 2016, mas sua condição piorou rapidamente e com dois meses teve de ser internado em função de uma pneumonia por aspiração. O caso comoveu a Inglaterra e seus pais, Chris Gard e Connie Yates, abriram uma campanha de arrecadação de fundos que atingiu o 1,2 milhão de libras de que necessitavam para levar a criança aos Estados Unidos, graças às doações de mais de 80.000 pessoas.

Não é a primeira vez que um juiz inglês autoriza médicos a desligar o suporte vital a um bebê contra a opinião dos pais. Ocorreu também em 2015, com uma menina que sofreu danos cerebrais irreversíveis ao ficar sem oxigênio durante o parto, realizado em um carro.

(Com AFP)

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