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Homens dispostos a levar ‘foras’ das mulheres têm vantagem evolutiva, diz pesquisa

Segundo estudo, homens que arriscam mais na hora de de buscar uma parceira também têm mais chances de transmitir seus genes adiante

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h51 - Publicado em 14 dez 2011, 10h35

Durante a paquera, o homem julga mal a intenção das mulheres na maioria das vezes. Representantes de ambos os sexos que disputam esse jogo bem peculiar, o ritual de acasalamento dos seres humanos, não precisam ver o resultado de pesquisas científicas para saber disso. Mesmo assim, estudo realizado pela Universidade do Texas, publicado no periódico Psychological Science, revela um mecanismo envolvido nesse jogo: levar alguns foras pode não ser algo ruim, evolutivamente falando. Isso porque homens que são mais incisivos na busca de parceiras, mesmo correndo o perigo da rejeição e do embaraço, aumentam as chances de espalharem seus genes.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores organizaram encontros-relâmpago com 96 estudantes americanos do sexo masculino e 103 do feminino. A experiência consiste em conversas de três minutos com potenciais parceiros. Antes do encontro, os participantes classificaram o quão atraentes se sentiam. E depois do encontro-relâmpago, classificaram os parceiros em vários aspectos, como beleza e nível de interesse sexual.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: The Misperception of Sexual Interest

Onde foi divulgada: revista Psychological Science

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Quem fez: Carin Perilloux, Judith A. Easton e David M. Buss

Instituição: Universidade do Texas em Austin e Williams College

Dados de amostragem: 199 estudantes americanos. 103 mulheres e 96 homens

Resultado: Homens mais confiantes e que buscam sexo costumam superestimar o interesse das mulheres. Já as mulheres subestimam o interesse masculino.

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Resultado: homens que buscam sexo casual são mais propensos a superestimar o desejo das mulheres por eles. Quanto mais as mulheres os atraíam, maior era a chance de um julgamento errado. Já as mulheres tendem a subestimar o interesse dos homens. E os candidatos mais interessantes, na visão delas, cometem bem menos o erro de enxergar desejo quando ele não existe. “Há toneladas de estudos mostrando que os homens pensam que as mulheres estão interessadas quando elas não estão”, afirma a psicóloga Carin Perilloux, do Williams College, também no Texas. “O nosso estudo é o primeiro a analisar sistematicamente as diferenças individuais”, completa ela.

Para os pesquisadores, ao longo dos últimos milênios, essas características podem ter ajudado os homens mais corajosos a se reproduzir mais. “Há duas maneiras que você pode cometer um erro como um homem. Ou você pensa, ‘Essa mulher está realmente interessados ​​em mim’ e verifica-se que ela não está”, explica Perilloux, afirmando que esse erro tem custos sociais. “Ou ela está mesmo interessada e ele perde uma oportunidade de sexo. Isso sim, tem um custo enorme em termos de sucesso reprodutivo”, avalia a psicóloga.

A teoria dos cientistas é de que os homens que correm o risco da rejeição acabam acasalando com mais parceiras e aumentam a chance de deixar herdeiros de seus genes.

A pesquisa ainda dá dicas para interessados dos dois sexos. As mulheres, segundo Perilloux, devem “ser o mais claras possível” sobre suas intenções. Já os homens precisam saber que, quanto mais se acham atraentes para o sexo oposto, mais chances têm de estarem errados. O que, afinal, pode não ser tão ruim.

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