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Hibernação de ursos pode dar pistas para tratamento de obesidade e diabetes

Pesquisador americano estuda como esses animais regulam a resposta à insulina de acordo com suas necessidades

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h14 - Publicado em 14 fev 2014, 13h56

Estudar os ursos-cinzentos pode ser uma saída para melhorar o tratamento de doenças como diabetes e obesidade. Estima-se que o sobrepeso seja um problema que atinge 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo. Existem poucos remédios aprovados para a perda de peso, e eles costumam apresentar efeitos colaterais significativos. Diante desse cenário, o pesquisador Kevin Corbit, da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, publicou um artigo no jornal The New York Times, na última terça-feira, sugerindo que o misterioso período de hibernação dos ursos pode dar pistas sobre o tratamento da epidemia de obesidade.

No verão, esses animais podem ingerir mais de 50.000 calorias e ganhar 7 quilos por dia. Depois, ficam sem se alimentar por até sete meses, sobrevivendo da gordura acumulada no organismo. Segundo Corbit, os ursos conseguem “desligar” suas funções renais durante esse período, resultando em rins danificados e altos níveis de toxinas no sangue – que seriam suficientes para matar um ser humano. Mas esse processo é revertido quando o animal acorda, e os rins são restaurados, sem nenhuma sequela.

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Em uma pessoa saudável, a insulina causa uma redução no nível de açúcar do sangue, porque facilita o transporte dessa substância para as células, onde ela é utilizada na produção de energia, ou armazenada como combustível. No caso de um paciente com diabetes, as células não respondem à insulina, e o nível de açúcar se eleva.

Já os ursos são capazes de modificar as respostas de seu organismo à insulina. Quando bem alimentados, ficam mais sensíveis a ela, mas durante a hibernação eles se tornam resistentes – como os diabéticos. Mesmo nesse estado, porém, seu nível de açúcar no sangue é mantido. Quando os bichos acordam, o sistema volta a funcionar. Além disso, no período de acúmulo de peso, os ursos não armazenam gordura em locais que podem ser prejudiciais à saúde, como acontece nos humanos.

O objetivo de Corbit é estudar como essas alterações ocorrem nos animais e buscar pistas que possam ser aplicadas nos seres humanos. O autor relata que existe uma pequena quantidade de pessoas que, mesmo obesas, se mantêm sensíveis à insulina. Uma mutação em um gene chamado PTEN é considerada a responsável por esse fenômeno. “Nós descobrimos que os ursos controlam a atividade da proteína codificada pelo gene PTEN, de forma parecida como um interruptor, aumentando e diminuindo sua atividade em diferentes momentos de seu ciclo de hibernação”, escreve Corbit.

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